Mais uma Copa do Mundo feminina chega e mais uma vez a Seleção Americana é favorita (e com seus méritos)! Independente da fase, tem que se respeitar a principal força da futebol feminino. Mas não será fácil terminar o torneio como campeã. A Inglaterra e, principalmente, a anfitriã França prometem fazer frente ao poderio ofensivo dos EUA.
As atuais campeãs mundiais tentarão apagar o fracasso das Olimpíadas de 2016, realizada no Brasil, quando foram eliminadas ainda nas quartas de final pela Suécia e não conquistaram medalha.
Equipe
Os EUA contam com um poder ofensivo ótimo, faltando espaço para tantas peças de qualidades. Sobra talento com as estrelas Carli Lloyd e Alex Morgan, as experientes Megan Rapinoe, Tobin Heath, Jessica McDonald e Christen Press, além do talento e juventude de Mallory Pugh.
A defesa conta com a experiente Becky Sauerbrunn, considerada uma das melhores defensoras do Mundo. Mas, é o setor com mais preocupações, já que a defesa, em teoria titular, formada por Kelley O’Hara, Abby Dahlkemper, Sauerbrunn e Crystal Dunn começou a jogar junta apenas sete dos últimos 29 jogos. No gol, teremos Alyssa Naeher, que assumiu o posto após a aposentadoria de Hope Solo.
A equipe é montada em um 4-3-3, busca movimentações e se utiliza de algumas improvisações, como a utilização de O’Hara e Dunn como laterais e que, em seus clubes, atuam do meio pra frente. Lindsey Horan, que joga no ataque, na Seleção é utilizada pelo meio-campo e a estrela Alex Morgan é utilizada como referência no ataque, sem uma parceira.
Serão 12 remanescentes do título mundial de 2015 e nada menos do que 11 jogadoras na casa dos 30 anos. Não falta, portanto, experiência ao time. Mas há os talentos recentes, jogadoras que são bastantes utilizados como Lindsey Horan, Rose Lavelle, Sam Mewis e Mallory Pugh, que jogarão pela primeira vez em uma Copa do Mundo.
Time-base (4-3-3): Alyssa Naeher; Kelley O’Hara, Abby Dahlkemper, Becky Sauerbrunn, Crystal Dunn; Julie Ertz, Lindsey Horan (Sam Mewis), Rose Lavelle; Megan Rapinoe, Tobin Heath, Alex Morgan.
Momento
A USWMT passou por turbulências entre 2016 e o início de 2017, com uma queda precoce nas Olimpíadas, um último lugar na SheBelieves Cup 2017 e a perda do 1º lugar do ranking da FIFA para a Alemanha, mas retomou o rumo certo. Emendou uma invencibilidade de 28 jogos, encerrada, apenas em 2019, pela França em amistoso.
Em 2018, nas eliminatórias, passou com tranquilidade. Venceu a competição com 5 vitórias em 5 jogos, 26 gols marcados e nenhum sofrido.
Não venceu a SheBelieves Cup 2019, após conquistar cinco pontos e ver a Inglaterra somar sete pontos. Ficou com o vice-campeonato. Desde então, foram cinco vitórias com placares elásticos em amistosos preparatórios contra equipes mais fracas.
Adversárias e chaveamento
Os EUA estão no grupo F e enfrentarão Tailândia, Chile e Suécia. Um grupo relativamente tranquilo para as pretensões da equipe, no qual é quase obrigação golear a Tailândia, alcançar pelo menos 7 pontos e a liderança. A principal adversária é a tradicional equipe da Suécia, que foi a carrasca nas Olimpíadas 2016, e vem em reformulação nos últimos anos.
O Chaveamento é indigesto. As favoritas ao título, EUA e França, podem se enfrentar já nas quartas de final. A combinação para isso depende apenas que ambas as equipes liderem seus grupos e ultrapassem a fase de oitavas de final.
Jill Ellis
A mente responsável pela equipe é a inglesa Jill Ellis, que é a técnica da USWMT desde 2014. Jill conta com mais de 20 anos de experiência, entre os cargos de assistente e técnica principal em equipes universitárias e também foi a comandante das equipes sub-20 e sub-21 da seleção em alguns torneios, além de diretora de desenvolvimento para as equipes nacionais jovens. Em 2015, foi eleita a técnica do ano pela FIFA.
Retrospecto
Os EUA são uma das sete seleções que participaram de todas as edições de Copa do Mundo, juntamente com Alemanha, Brasil, Japão, Nigéria, Noruega e Suécia.
A seleção americana nunca ficou abaixo da 3ª colocação em Copas do Mundo e é a maior vencedora da competição com 3 títulos (1991, 1999 e 2015). Chegou em 4 finais, tendo a única derrota para o Japão em 2011.
1991: campeã
1995: 3ª colocação
1999: campeã
2003: 3ª colocação
2007: 3ª colocação
2011: vice-campeã
2015: campeã
Confira as 23 convocadas:
Goleiras: 1 – Alyssa Naeher (31 anos, Chicago Red Stars), 18 – Ashlyn Harris (33 anos, Orlando Pride), 21 – Adrianna Franch (28 anos, Portland Thorns).
Defensoras: 4 – Becky Sauerbrunn (34 anos, Utah Royals), 5 – Kelley O’Hara (30 anos, Utah Royals), 7 – Abby Dahlkemper (26 anos, North Carolina Courage), 11 – Ali Krieger (34 anos, Orlando Pride), 12 – Tierna Davidson (20 anos, Chicago Red Stars), 14 – Emily Sonnett (25 anos, Portland Thorns), 19 – Crystal Dunn (26 anos, North Carolina Courage).
Meio-campistas: 3 – Sam Mewis (26 anos, North Carolina Courage), 6 – Morgan Brian (26 anos, Chicago Red Stars), 8 – Julie Ertz (27 anos, Chicago Red Stars), 9 – Lindsey Horan (25 anos, Portland Thorns), 16 – Rose Lavelle (24 anos, Washington Spirit), 20 – Allie Long (31 anos, Reign FC).
Atacantes: 2 – Mallory Pugh (21 anos, Washington Spirit), 10 – Carli Lloyd (36 anos, Sky Blue FC), 13 – Alex Morgan (29 anos, Orlando Pride), 15 – Megan Rapinoe (33 anos, Reign FC), 17 – Tobin Heath (31 anos, Portland Thorns), 22 – Jessica McDonald (31 anos, North Carolina Courage), 23 – Christen Press (30 anos, Utah Royals).
Craque
Alex Morgan
A Morgan vem para a sua terceira Copa e tem mais uma oportunidade para mostrar as razões de ser o centro das atenções da equipe. São 160 jogos com a camisa da USWNT e 101 gols, números que só não são superiores aos da lendária Carli Lloyd no atual elenco.
Fique de olho
Rose Lavelle
Aos 24 anos, a primeira escolha do Draft de 2017 Rose Lavelle terá a chance de mostrar toda a sua técnica que apresenta na National Women’s Soccer League (NWSL) com a camisa 10 do Washington Spirit. Uma meio-campo especialista em quebrar linhas com muita criatividade e visão de jogo.
Jogos (fase de grupos)
11 de junho – EUA x Tailândia (16h)
16 de junho – EUA x Chile (13h)
20 de junho – Suécia x EUA (16h)
Sobre a competição
São 24 equipes divididas em seis grupos com quatro cada, onde as duas melhores de cada grupo e as quatro melhores terceiras colocadas avançam para a fase eliminatória. Aí, rolam as fases de oitavas, quartas, semi e a grande final, que definirá a próxima campeã do Mundo.