Desde que iniciou sua participação na Major League Soccer, em 2015, o Orlando City costuma ser protagonista no mercado de transferências. Isso se deve muito ao fato de os Lions nunca terem conseguido chegar aos playoffs da liga, tendo decepcionado seus torcedores em todas as temporadas que disputou. O bom desempenho de equipes “contemporâneas”, como o New York City, que chegou junto com o Orlando City, Atlanta United e LAFC que vieram depois mas causaram impacto imediato, aumenta a pressão na equipe liderada pelo brasileiro Flávio Augusto.
E não dá pra dizer que o Orlando não tem tentado! Times experientes, times mesclados, com mais “latinos”, com mais nativos, grandes estrelas, jogadores menos badalados… Todas as formulas já foram testadas em busca de um grupo que pelo menos fosse competitivo, mas nenhuma de fato deu certo. O time inclusive piora a cada temporada. Se em 2015 foi sétimo na conferência leste e em 2016 oitavo, nas últimas duas campanhas os Lions não ficaram nem entre os dez melhores. Algo terrível e inimaginável para um clube que é sucesso fora de campo.
Para mudar de panorama, o Orlando resolveu voltar a ser agressivo no mercado em 2020. É claro que o clube não buscou um “novo Kaká” ou alguém do calibre de Ibrahimovic, mas a diretoria dos Lions resolveu atacar o mercado sul-americano e apostar em jogadores que de certa forma tinha prestigio em seus países. No Brasil, por exemplo, o clube buscou dois reforços: Antonio Carlos, zagueiro do Palmeiras, emprestado pelo verdão e Junior Urso, volante comprado junto ao Corinthians. Outro brasileiro que desembarcou na terra do Mickey recentemente foi o meia Robinho, que estava no Columbus Crew. Junte a eles o lateral Ruan, que continua no clube para 2020 e você tem quatro brasileiros com condições de figurarem no time titular.
Além deles, o peruano Pedro Gallese, goleiro titular de sua seleção nacional, se juntou ao clube nos últimos dias vindo do Tiburones, do México. O meia uruguaio Mauricio Pereyra, o volante colombiano Andrés Perea e o zagueiro argentino Rodrigo Schlegel completam a lista de reforços do time da Flórida, que conseguiu manter seus principais jogadores na última temporada, como os atacantes Mueller, Akindele, Dwyer, além, claro, do capitão desse grande barco, o português Luis Nani. Para comandar o time, os Lions buscaram o experiente Óscar Pareja, do Tijuana, do México. Em 2016, Pareja consquistou a Open Cup pelo FC Dallas e antes treinou o Colorado Rapids.
Ainda é cedo para falar que o Orlando City finalmente vai alcançar os playoffs na próxima temporada que começa no fim de fevereiro, mas uma coisa é fato: Se com essa equipe experiente e acostumada a jogar grandes competições isso não acontecer, é hora de o próprio Orlando City começar a questionar seu projeto.