Quando o MLS is Back começou, há um mês, poucos esperavam ver Orlando City e Portland Timbers na final. Em uma competição com fortes equipes – Los Angeles FC, Philadelphia Union, Toronto FC, New York City FC, Seattle Sounders – dois azarões vão disputar a taça e uma vaga na próxima Concacaf Champions League. E como isso aumenta ou diminui a importância do jogo desta terça-feira (11)? Em nada, absolutamente. Continua uma partida grande, importante, e principalmente bem jogada.
Orlando foi a equipe que mais encantou na competição, mas o Portland sabe ganhar. Duas equipes que possuem semelhanças na história, mas diferenças gritantes nos últimos anos. As duas equipes entraram na Major League Soccer na última década, mas o Timbers chegou duas vezes à final e já levantou uma taça, enquanto o Orlando ainda sofre para chegar aos playoffs e obter êxito, apesar de contar com jogadores mais experientes e renomados.
No texto de hoje, vamos analisar os dois times. Os pontos fortes e fracos, como jogam, os destaques e o que esperar na partida final.
ORLANDO CITY – 6J – 4V – 2E – 0D
Com o novo treinador Oscar Pareja, o Orlando City mudou totalmente seu esquema. De uma equipe passiva em 2019, que jogava muito fechada e com pouca objetividade, o Orlando tem nova mentalidade na atual temporada. Começou oscilando, é verdade, mas se encontrou e mostrou força. Pareja largou o 4-5-1 que o time adotava até o ano passado e partiu para o 4-2-1-3. Nani, então apagado, virou a peça-chave de um time ofensivo, de toques rápidos e muita consciência ofensiva. De algo insosso, Orlando virou grandioso. E essa é a aposta para a final.
A defesa alta do time,com zagueiros lentos, ainda podem complicar a equipe. Miami explorou bem essa falha na abertura do torneio, o LAFC sondou essa tática, mas poucos obtiveram êxito. Na decisão, diante de um Sebástian Blanco inspirado, o caldo pode entornar.
Provável escalação (4-2-1-3): Gallese; Ruan, Jansson, Antônio Carlos e João Moutinho; Rossell, Júnior Urso (Mendéz); Pereyra; Nani, Mueller e Akindele.
Destaque: Falar de Nani seria muito fácil, então olho nos laterais Ruan e João Moutinho. Importantes na defesa, especialmente cobrindo os lentos zagueiros, são fundamentais no ataque. Moutinho, inclusive, é facilmente o melhor lateral da competição, sendo até decisivo no jogo contra o LAFC.
PORTLAND TIMBERS – 6J – 4V – 2E – 0D
O Portland Timbers passa longe de brilhar, mas longe mesmo. Porém, o experiente time tem camisa pesada nos últimos anos, por isso está na final. Aguentou adversários fortes, como o LAFC e soube ser cascudo, como na vitória nos pênaltis contra o FC Cincinnati. O time comandado por Giovanni Savarese prioriza a posse da bola, chega a ser monótono, mas foi bem eficiente no MLS is Back.
A equipe sofreu gols em todos os jogos, é verdade, por isso a defesa é um grande problema de Portland. Mesmo assim, Blanco pode ser a solução no ataque. Considerado por muitos – inclusive por este que escreve o texto – o melhor da competição, pode ser a peça que desequilibra o jogo.
Provável escalação (4-2-3-1): Clark; Duvall, Mabiala, Zuparic e Villafaña; Diego Chará, Williamson; Loría, Blanco e Valeri; Ebobisse.
Destaque: Pensei em falar de Blanco, o craque da competição, mas isso era óbvio demais. Cogitei escrever sobre Valeri, o experiente campeão, mas soaria clichê. Ebobisse, o artilheiro, merecia menção honrosa. Mas é Diego Chará, o primeiro volante, que ganha um análise detalhada aqui. O colombiano é peça fundamental na marcação e na saída de jogo do Portland Timbers. É presença constante em todos os cantos do gramado e inferniza os jogadores adversários. Um motorzinho que pode servir para anular o perigoso Nani na decisão.
A partida de hoje terá transmissão da Rádio Território MLS com pré-jogo de uma hora, começando as 20h30 (horário de Brasília).
(Foto: Reprodução Twitter/Major League Soccer)
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