Continuando nossa análise sobre os técnicos finalistas do MLS is Back, hoje é dia de falar mais de Giovanni Savarese, técnico do Portland Timbers. A história dele na Major League Soccer foi contada na parte um dessa matéria. Se você não viu, é só clicar AQUI e acessar.
Hoje, falaremos mais do estilo de jogo que Savarese implementou em seu Portland e do que ele tem conseguido tirar de seus jogadores.
GIOVANNI SAVARESE – 49 anos (Venezuela)
2012/17 – New York Cosmos (143j e 69v) – Três títulos de segunda divisão
2018/ — – Portland Timbers (87j e 40v)
Ao contrário de seu adversário na próxima terça-feira (11), Savarese tem muito menos experiência em grandes holofotes, mas isso não significa menos competência. É verdade que, no Portland Timbers, o treinador foi contratado para ganhar títulos e é verdade que eles ainda não vieram, porém, passou perto. Em 2018, na grande final da MLS, talvez Savarese tivesse levantado o caneco se o adversário não fosse o iluminado Atlanta United de Tata Martino. Em 2019, se classificou em sexto lugar na conferência e caiu na primeira fase dos playoffs, resultado até certo ponto decepcionante.
Só que nem tudo é decepcção no trabalho do venezuelano frente ao Portland. Savarese consegue, com seu modelo de jogo, manter o time sempre competitivo, mesmo com falhas estruturais no elenco. Nomes como Blanco e Valeri seguem, mesmo já com idade avançada, jogando bem e sendo decisivos, e isso é mérito de quem escala. O técnico tem conseguido deixar suas duas principais estrelas à vontade em campo. Isso se traduz em vitórias, mesmo sem um grande futebol. Basta lembrar da vitória suada do Timbers contra Nashville SC, ainda em março, por 1×0, dentro de casa. Os visitantes foram melhores durante os 90 minutos, mas os comandados de Savarese resistiram, fizeram seu gol (Valeri marcou) e levaram a vitória para casa.
No MLS is Back, a equipe sofreu gols em todos os jogos, e isso chamou à atenção. E foi aí que a genialidade de Savarese entrou em ação. Depois de quase ser eliminado pelo FC Cincinnati nas oitavas de final, tendo que propor o jogo e se arriscar, uma vez que o Cincy é um time 100% reativo, Savarese recuou seu time nas quartas de final e jogou atrás da linha da bola contra o New York City. A proposta foi perfeita. Além de reforçar o sistema defensivo da equipe, os contra-ataques foram mortais e aniquilaram o adversário. Na semifinal, contra o Philadelphia Union, a receita se repetiu e o time só não venceu com mais tranquilidade porque cansou de perder gols.
O segredo desse time reativo está nos pés do camisa 10, Sebástian Blanco. O argentino é o verdadeiro motor, elo de ligação defesa/ataque da equipe, que está sempre no lugar certo. Aberto pela esquerda, o jogador se posiciona para, sempre que o Timbers receber a bola, ser acionado por seus companheiros e puxar contra-ataques com maestria. Privilegiado, o Portland ainda conta com Valeri, que menos veloz que seu compatriota, entra na área como poucos meias na liga e acha passes impressionantes.
Contra o Orlando City, time intenso e que gosta de jogar de forma ofensiva, tenha certeza de que Savarese repetirá a dose. Agora temos que aguardar o duelo para ver quem levará a melhor: A intensidade de Pareja ou o sistema reativo do Portland de Savarese.
A decisão você acompanha com o Território MLS na terça-feira, no YouTube, a partir das 20h30 (horário de Brasília).
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