Em 2019, o LAFC dominou a temporada regular da MLS. Com um futebol envolvente, de toque de bola, transições rápidas e marcação sob pressão, a equipe comandada por Bob Bradley estabeleceu o novo recorde de pontuação da temporada regular, com 72 pontos. Tudo bem que nos playoffs, o time decepcionou ao ser eliminado, em casa, para o Seattle Sounders.
Um ano depois, mais uma vez, o LAFC deu pinta de que poderia vencer a MLS is Back, em Orlando, torneio que marcou a volta da competição após a paralisação provocada pela Covid-19, mas acabou sendo surpreendido pelo Orlando City, nas quartas-de-final e deu adeus à competição na disputa de pênaltis.
Já na atual temporada regular, o desempenho está longe de repetir 2019. Em 14 partidas, o time venceu apenas cinco vezes, empatou três e deixou o campo derrotado em seis oportunidades. No ano passado, o LAFC perdeu apenas quatro vezes, mas em um total de 34 confrontos.
Na semana 14, a gota d’água seria a virada sofrida para o San Jose Earthquakes, em casa, após vencer por 1 a 0 e sucumbir nos acréscimos para o até então pior time da liga, o mesmo que, em suas últimas cinco partidas, saiu de campo goleada por cinco ou mais gols em três vezes.
A pergunta que fica então é: o que acontece com o LAFC na atual temporada?
Para o analista Matt Doyle, integrante do podcast Extratime, as falhas defensivas ajudam a explicar os resultados ruins que os comandados por Bradley alcançaram na temporada.
“Olha, San Jose merece muito crédito por reverter o placar e vencer a partida após derrotas por goleadas de cinco gols. Mas, para mim, isso (a derrota) foi mais sobre o LAFC ter sido o mesmo velho desastre e sua defesa não confiável que temos visto no ano todo. Não é uma aberração atualmente. É apenas o que são”, apontou Doyle, sobre a vexatória derrota para o San Jose.
A jogada de construção que culminou com o gol marcado por Jackson Yueill, já no minuto final da partida mereceu atenção do jornalista.
“Diego Palacios nem desafia Espinoza no gol da vitória. Eddie Segura driblado por um jogador de 16 anos, no canto e Andy Najar próximo, literalmente olhando a jogada se desenvolver, sem nem ao menos se mexer para se projetar contra Yueill”, critica.
O ataque do LAFC também sofreu observações de Doyle, especialmente o jovem atacante uruguaio Brian Rodriguez, recentemente convocado pela seleção do Uruguai para disputar as eliminatórias sul-americanas.
“Você pode ver quando ele joga, tem muito talento, consegue se posicionar, toca bem na bola às vezes. Então, por sabe-se lá qual a razão, ele se aproxima e chuta e fica parecendo comigo. É incrível ver um jogador tão talentoso se tornar um risco, e é neste ponto que você tem que dizer que tão talentoso quanto ele é, ele é um risco para a equipe. ”
(Capa: Reprodução: Los Angeles FC/Site Oficial)