sábado, novembro 2, 2024
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Toni Penso quebra escrita e faz história na MLS

Toni Penso é a primeira árbitra a comandar uma partida da desde 2000. Apesar de compor as equipes como auxiliares de campo ou no VAR, há duas décadas uma mulher não comandava um jogo da principal divisão americana de futebol.

De acordo com Penso, a única precaução tomada, pelo fato de ser mulher, foi a forma como amarrou os cabelos: “Não queria que nada se destacasse. Quando você me vê correndo no campo, você não vê nenhum rabo de cavalo, é uma distração a menos”, afirmou a juíza.

Ela confessa que se emocionou após receber mensagens de apoio depois de atuar pela primeira vez como juíza principal: “Depois do (segundo) jogo que apitei, quando cheguei ao vestiário, lágrimas desceram pelo meu rosto”, contou.

Toni Penso, 34 anos, teve o primeiro contato com o apito aos 14 anos, quando arbitrava partidas dos irmãos em ligas amadoras na Flórida. Kari Seitz, Diretora da de árbitras e também ex-juíza na MLS, mostra incredulidade: “20 anos é muito tempo para os EUA não ter uma mulher apitando jogos na liga masculina”, afirmou categoricamente.

Para o treinador do , Bob Bradley, é importante que o talento dos árbitros seja reconhecido, qualquer que seja o gênero. “A habilidade de desenvolver bons árbitros é importante para nosso jogo”, disse. Bradley também estava à beira de campo quando Seitz comandava partidas na MLS, entre 1990 e 2000.

Inspiração para próximas árbitras

“A oportunidade pode até estar aqui, mas a realidade é que raramente as mulheres são incluídas nos esportes”, afirma Penso. Ela integra um seleto grupo de juízas nas principais ligas americanas: Sarah Tomas (NFL), Lauren Holtkamp-Sterling, Ashley Moyer-Gleich, Natalie Sago e Jenna Schroeder (NBA) são as outras profissionais na ativa.

Inegavelmente, Penso se considera importante para inspirar e servir de modelo para todos: “A quantidade de jovens garotas que chegaram até mim falando como foi inspirador e motivador para elas me ver em campo, me dá arrepios só de pensar”, afirma.

A princípio, a juíza teve que passar pelos mesmos testes físicos que os colegas homens. Após apitar algumas partidas da , em 2019, ela viu que tinha capacidade de se dedicar integralmente à carreira na arbitragem e assim o fez.

Existem outras 13 juízas aspirantes que estão se preparando para também tentar trilhar essa carreira: “Se elas se mostrarem capaz, física e tecnicamente, não há dúvidas que elas também podem atuar”, finaliza.

Capa: Mark Humphrey / Associated Press

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