A seleção principal do País de Gales terá três compromissos na próxima Data FIFA, que começa no dia 12 com amistoso contra a seleção dos Estados Unidos. Após o teste contra os “yankees”, os galeses enfrentarão Irlanda e Finlandia, pela segunda divisão da Nations League.
Mas o que poderia ser uma Data FIFA para carimbar a vaga no mata-mata (gales lidera o grupo 10 pontos) acabou se tornando um tormento para os Dragões Vermelhos. Isso porque o técnico Ryan Giggs não poderá contar com cinco jogadores, entre eles o goleiro titular, Wayne Hennessey, e o meia Aaron Ramsey, da Juventus/ITA.
Além dos desfalques entre os jogadores, o próprio Giggs não irá acompanhar sua delegação na próxima semana. Envolvido em mais um escândalo, dessa vez acusado de agredir a namorada, a FAW (Federação do País de Gales) optou por retirar seu treinador e ídolo dos próximos compromissos da seleção enquanto a investigação toma curso.
CARAS NOVAS
Com tantos problemas, o País de Gales precisou recorrer a jogadores de níveis inferiores do futebol mundial. Três atletas foram convocados pela primeira vez: O goleiro Tom King e o meia Josh Sheehan, ambos do Newport County, quarta divisão inglesa, e também meia Brennan Johnson, do Lincoln City, que hoje disputa a terceira divisão da Inglaterra.
Entre os outros 23 convocados, apenas cinco tem 20 ou mais jogos pela seleção.
PROBLEMAS NO GOL E GOLEIRO DA USL
Sem poder contar com Wayne Hennesey, goleiro titular da seleção e reserva do Crystal Palace, machucado, a tendencia natural era de que o reserva, Adam Davies, jogasse. Hoje titular do Stoke City/ING, Davies também está machucado, o que fez com que Giggs chamasse um trio de goleiros pouco conhecido.
Além do já citado Tom King, que vem da quarta divisão inglesa, outros dois goleiros foram chamados: Danny Ward, do Leicester City, que deve ser o titular, mas que fez apenas 11 partidas oficiais nas últimas três temporadas.
E o terceiro goleiro é um velho conhecido do torcedor norte-americano. Owain Fôn Williams, hoje no Dunfermline/ESC, defendeu o Indy Eleven, da USL Championship, segunda divisão americana, em 2018, atuando em 35 partidas. Ele também esteve no grupo que jogou a Euro 2016, onde o País de Gales chegou às semifinais, na maior campanha da história da seleção nacional.
COM DESFALQUES, PORÉM MUITO TALENTO
Apesar das ausências, principalmente de Ramsey, o País de Gales terá muitos jogadores talentosos à sua disposição. O capitão Bale, recordista de gole pela seleção, está confirmado.
Além dele, os jovens Wilson, empresto pelo Liverpool ao Cardiff, David Brooks, do Bournemouth e Daniel James, do Manchester United, são os principais expoentes da convocação, que ainda tem o lateral Ben Davies, do Tottenham, entre os nomes mais conhecidos.
TESTES
Com dois jogos importantes pela frente, é provável que o amistoso contra a seleção americana seja usado para promover teste no elenco, assim como o próprio Estados Unidos fará.
Possivelmente veremos Gales com uma equipe bastante alternativa em campo e dando mais minutos para suas jovens promessas, como Ampadu, Matondo, Levitt e Tyler Roberts.
(Capa: Getty Images)