Os Estados Unidos da América vivem um grande momento em relação ao talento individual de seus atletas. O nível da liga nacional cresce e nunca antes na história deste país (companheiro) tantos jogadores norte-americanos jogaram a fase de grupos da UEFA Champions League.
Jogadores americanos começam a invadir as principais ligas da Europa e já vestem até camisas pesadas, como Pulisic, no Chelsea/ING, McKennie, na Juventus/ING, Dest e de la Fuente no Barcelona/ESP. Porém, toda a empolgação em volta dos talentos individuais e da Major League Soccer – que pra alguns já é uma das melhores ligas do mundo – cai por terra quando esses talentos se juntam pela seleção nacional.
Após ficar fora da Copa da Rússia, os Estados Unidos passaram por um momento de reflexão. A seleção principal ficou um ano sem técnico e a federação tentou ser criteriosa na hora de escolher seu próximo comandante. Optou por escolher Gregg Berhalter, ex-jogador da seleção e que vinha de um bom trabalho no Columbus Crew, porém sem conquistar nenhum título.
Desde que estreou na USMNT (abreviação dada pelos americanos para sua seleção) Berhalter não convenceu. As convocações pouco mudaram e a aclamada renovação não aconteceu. Gregg se “escondeu” atrás de medalhões como Bradley, Altidore e Guzan, algo similar ao que faz o técnico da seleção brasileira, Tite.
Mas além de não fazer as necessárias renovações na equipe, Berhalter ainda não consegue fazer com o time apresente um futebol convincente, mesmo com todos seus bons jogadores à disposição.
E isso ficou evidenciado mais uma vez após o empate com o País da Gales reserva na última quinta-feira por 0 a 0. Os americanos até demonstraram algumas coisas boas na partida, mas no geral deixaram muito a desejar e agrediram muito pouco um time que entrou em campo apenas para cumprir tabela.O retrospecto de Berhalter à frente da seleção norte-americana também mostra que o trabalho não é bom. São 20 jogos, 12 vitórias, cinco derrotas e três empates. São muitas vitórias, mas todas contra seleções fraquíssimas. Contra equipes mais qualificadas, como o País de Gales, (20º do ranking) o time dos Estados Unidos sofre e em geral não ganha, como não tem conseguido ganhar por exemplo do México. Também não conseguiu vencer Chile, Uruguai e teve tropeços contra Jamaica e Venezuela em casa.
De fato, a geração americana é boa e arranca suspiros mundo afora, mas cuidado: Berhalter pode não ser o capitão certo para este barco.