*Território MLS apresenta série especial contando a história de todas as franquias da MLS. Toda segunda e sexta-feira uma nova história, começando com o Columbus Crew e terminando no Austin FC.
Em 15 de junho de 1994 a MLS anunciou que Columbus, Ohio, receberia uma das 10 franquias inaugurais da liga com a promessa de construção de um estádio específico para futebol. Em 1996, o investidor Lamar Hunt tornou-se proprietário do time.
Em sua aplicação para a liga, a franquia estava prevista para se chamar Columbus Eclipse. O nome foi escolhido pois ocorreu um eclipse solar na época em que eles atingiram o mínimo necessário de 10.000 pré-vendas para o novo estádio.
Apesar disso, o nome foi mudado para Columbus Crew antes mesmo do time estrear. Em tradução literal, a palavra significa equipe de trabalho. O primeiro logo trazia três operários e o time se auto denomina “America’s Hardest Working Team” (a equipe que trabalha mais duro na América).
O primeiro jogo da franquia foi uma vitória por 4 a 0 contra o D.C United no Ohio Stadium, no campus da Universidade Estadual de Ohio. O estádio prometido foi inaugurado em 1999 e foi o primeiro estádio dedicado exclusivamente ao futebol dos Estados Unidos. A equipe venceu seu primeiro jogo no Columbus Crew Stadium por 2 a 0 contra o New England Revolution em 15 de 1999.
Seu primeiro técnico foi o finlandês Timo Liekoski, que foi assistente técnico da seleção norte-americana na Copa do Mundo FIFA de 1994, o que o levou ao cargo de técnico da seleção olímpica do país, pouco depois. Após uma campanha de três derrotas e nenhum gol no pan-americano de 1995, o técnico foi demitido e três meses depois assumiu como primeiro técnico do Crew. Com uma campanha de seis vitórias e 16 derrotas, Liekoski foi substituído ainda durante a primeira temporada pelo americano Tom Fitzgerald, que consegui recuperar o moral e levar o time aos playoffs.
Entre os jogadores que até aqui atuaram pelo time, o nome mais conhecido foi o do argentino Guilhermo Barros Schelotto, que jogou pelo Crew entre 2007 e 2010 e liderou o time na conquista do primeiro título de Conferência Leste e sua primeira MLS Cup em 2008. Além disso, também foi eleito o MVP da temporada e tornou-se o primeiro jogador designado da franquia em dezembro, quando renovou seu contrato.
A franquia obteve seu primeiro título em 2002 (U.S. Open Cup) e depois em 2008 venceu a Conferência Leste e a MLS Cup. No continente, chegou às quartas de final do CONCACAF Champions League nas três vezes em que se classificou (2003, 2010 e 2011).
Apesar de tradicional, o time quase acabou se mudando para Austin em 2018, que fica a mais de 1,9 mil quilômetros de distância. Sob o argumento de falta de apoio dos torcedores, o então dono, Anthony Precourt, anunciou intenção de deslocar a franquia. Após o anúncio, torcedores se uniram, criaram o movimento “Save The Crew”, que chamou a atenção de investidores e do governo local e a franquia foi vendida para os irmãos Haslam (donos do Cleveland Brows). Sob a tutela dos novos proprietários, o Columbus Crew costurou acordo para a construção de seu novo estádio, previsto para 2021 e foi campeão da MLS Cup em 2020.
Alguns brasileiros são citados na história do time, como Ricardo Virtuoso, que saiu das categorias de base direto para o futebol Suiço e Stefani Miglioranzi, que cresceu nos Estados Unidos e jogou a NCAA, mas acabou começando a carreira profissional no Portsmouth da Inglaterra.
Atualmente o time conta no elenco com o meio-campista José ARTUR de Lima Júnior, de 24 anos, que chegou ao clube em 2017. Formado nas categorias de base do São Paulo, participou de 4 jogos pelo time principal antes de ser emprestado ao Crew no começo de 2007 e vendido ainda naquele ano.
Sexta-feira você confere a história do único time original da MLS que deixou de existir. Não perca.
Editado por: Pedro Breganholi
(Capa: Divulgação)