Ao passo que a nova temporada da Major League Soccer vem se aproximando, a associação de jogadores, a MLSPA, e a liga buscam entrar em acordo em negociações para discutir os serviços dos atletas temporada de 2021.
Uma costura de um acordo vem no momento em que a situação não é das melhores, já que pandemia afetou diretamente a liga. Estimasse que a MLS perdeu cerca de US$ 1 bilhão em 2020, por conta da Covid-19.
No último 5 janeiro, a MLS enviou uma oferta para MLSPA que propõe o congelamento das compensações para 2022, ao mesmo tempo em que também se prepara para dois anos na CBA (Acordo Coletivo de Negociação), 1ue foi assinado antes da temporada passada e depois da interrupção da liga pela pandemia.
O orçamento salarial para cada equipe aumentou de US$ 8.490.000 em 2019 para US$ 11.643.000 em 2024. Havia também a perspectiva de participação no novo acordo de direitos de mídia da liga, que deverá começar em 2023, embora os detalhes do mesmo ainda não tenham sido negociados. (O atual pacote de direitos da liga com a ESPN, FOX Sports e Univision Deportes vai até o final de 2022).
Porém, com a chegada da pandemia e a MLS sendo paralisada no dia 12 de março, o CBA permitiu que novas negociações poderiam ser feitas.
Um acordo de direitos televisivos domésticos que paga à liga $90 milhões por ano foi oferecido a MLSPA, porém sem aprovação da mesma.
Em outras palavras, as negociações foram bastantes truncadas.
Inicialmente, a MLS pediu um corte de 50% dos salários totais dos jogadores em 2020. Em junho, com a liga ainda paralisada, a MLS e a MLSPA firmaram um acordo no qual os jogadores sofreram um corte de 5% nos salários, bem como cortes nos bônus que a MLSPA alega que totalizaram 70% no ano passado. Os termos da CBA foram adiados pora este ano, estendendo a data de expiração do acordo para depois da temporada de 2025.
De acordo com a MLSPA, os jogadores desistiram de cerca de 150 milhões de dólares em compensações presentes e futuras.
Apesar disso, os atletas aceitaram o acordo. Um desses, não identificado pela repotagem do site da MLS, relatou que as negociações são de baixo nível e que os jogadores tem muito a perder.
No acordo de junho, o segundo devido a pandemia, a MLS e os atletas criaram uma cláusula na qual permite a qualquer um dos lados reabrir as negociações por 30 dias no caso de uma catástrofe econômica, que é um pouco do que se vive agora.
Caso não haja um novo acordo, o CBA firmado poderá ser anulado.
O diretor executivo da MLSPA, Bob Foose, disse que se apegar a cláusula é um erro e que só irá atrasar um acordo ainda mais.
“O que não podemos fazer, o que não podemos permitir, é que a pandemia nos faça recuar mais do que já fez”, disse.
A Major Leaguer Soccer tem seu inicio especulado para março, mas por conta da pandemia a temporada poderá se iniciar em abril ou maio.
(Capa:Reprodução/Site MLS)