Um imbróglio inédito pode afetar o calendário da MLS, que emitiu um memorando para as equipes e os funcionários da liga instruindo-os a se prepararem para uma possível paralisação dos trabalhos.
O presidente da MLS, Don Garber, enviou um memorando que chega antes do prazo final de 29 de janeiro (meia-noite, 28 de janeiro) para propor um acordo de negociação coletiva (”CBA”- Collective Bargaining Agreement) revisado entre a MLS e a MLSPA – MLS Players Association (Associação dos Atletas da MLS). Então, se a liga continuar com sua “ameaça” de congelar o último acoedo do tipo feito com os jogadores, será a primeira paralisação no trabalho na história da MLS.
Um dos tópicos do memorando foi claro nas expectativas da liga: “nossa esperança é chegar a um acordo e evitar a paralisação. Mas devemos estar preparados para o caso de não conseguirmos chegar a um acordo. Entendemos os desafios que o COVID-19 criou para as famílias nos Estados Unidos e no Canadá, em todo o mundo e em nossa comunidade MLS. Embora não sejamos obrigados a fazê-lo, no caso de uma paralisação do trabalho, planejamos continuar a fornecer seguro saúde e pagar por esses prêmios de saúde para os jogadores e suas famílias. “
Segundo informações da ESPN, a liga fez uma tentativa de contato com a associação dos jogadores para alinhar a situação, porém não foi bem-sucedida.
Os dois lados estão travados nas negociações do CBA desde que a MLS invocou uma cláusula de força maior em 29 de dezembro de 2020. A cláusula, uma vez invocada, permite aos dois lados uma janela de 30 dias para chegar a um acordo sobre um CBA alterado. A cláusula pode ser invocada no caso de uma catástrofe econômica, como uma provocada por uma pandemia. A liga disse que ativou a cláusula devido à preocupação de que o lançamento relativamente lento da vacina COVID-19 resultará em poucos fãs sendo capazes de assistir aos jogos nesta temporada. Dada a dependência da MLS nas receitas do dia do jogo, a falta de torcedores afetaria profundamente as finanças. A liga disse que sofreu perdas de US $ 1 bilhão (dólares) em 2020, sendo US $ 725 milhões devido à pandemia.
A MLSPA rebateu que a MLS invocou a força maior por “oportunismo financeiro” em vez de “necessidade financeira” e destacou como as concessões feitas em junho passado (último acordo) tiveram um efeito cascata em anos futuros, incluindo 2021.
Se a janela terminar sem que um novo acordo seja fechado, qualquer um dos lados pode optar por anular o CBA, embora a MLS seja o lado mais provável de seguir em frente com essa manobra. É possível que as negociações continuem após o prazo se ambos os lados acharem que está havendo progresso, segundo as informações da imprensa local.
(Capa: Reprodução Site MLS)