Você conhece a história do Orlando City antes dele estar na MLS? Confira!
Fundado em 2008 como Austin Aztex FC, a franquia, que jogava a USL, que na época era a segunda divisão norte-americana, foi transferida pra Orlando em 2010, sob a alcunha de Orlando City SC. A princípio, essa transferência não foi aleatória. Na conferência de imprensa anunciando a mudança, Phil Rawlins avisou que a intenção era levar a franquia para a MLS em três a cinco anos.
Nesse sentido, o grupo proprietário do Orlando foi anunciado em 2010, com o nome de Orlando Pro Soccer. A época, o grupo tinha parceria com o Orlando Titans, que disputava a NLL (National Lacrosse League). Todavia, com dificuldades financeiras, o clube encerrou as atividades com seu proprietário Steve Donner anunciando que focaria atenção no desenvolvimento do futebol.
USL Pro
Depois que a franquia mudou de cidade em outubro de 2010, a temporada inaugural do Orlando City aconteceu em 2011. Para a pré-temporada, a equipe enfrentou três times da MLS, numa demonstração do interesse dos donos em levar a franquia para a liga o quanto antes. Nesse ano, venceram a temporada regular e a USL Pro Championship. Dessa forma, conquistando dois títulos no ano de estreia.
No ano seguinte, venceram novamente a temporada regular da USL, porém caíram na semifinal dos playoffs para o Wilmington Hammerheads.
Na temporada 2013, o vice-campeonato na temporada regular e o segundo título da USL Pro Championship vieram. Nesse participação do brasileiro Renan Boufleur.
Em conclusão da sua história na USL Pro, a franquia da Flórida venceu seu terceiro USL Pro Championship em quatro anos de existência e até hoje é o maior campeão da liga.
O caminho para se tornar uma expansão da MLS
Apenas quatro meses depois de transferir o time para Orlando, os proprietários se encontraram com Don Garber (comissário da MLS) para começar a tratar da franquia se tornar uma expansão da liga. No mesmo ano, em novembro, um novo encontro já discutindo a possibilidade de ser a vigésima franquia (acabou sendo o NYCFC).
Na sequência, em março 2012, Garber voltou a Orlando, dessa vez para falar com as autoridades públicas e declarou não ser uma questão de “se”, mas de “quando” Orlando se tornaria uma expansão da MLS.
Em fevereiro de 2013, o brasileiro Flavio Augusto da Silva juntou-se ao grupo de investidores.
Em novembro de 2013, os donos anunciaram que a proposta foi aceita e o Orlando City SC era oficialmente uma franquia expansão da MLS, com temporada inaugural em 2015. Em seguida, Flavio tornou-se o sócio majoritário da franquia.
Por fim, com a vaga na MLS garantida, os donos venderam a licença do time na USL. Como resultado surgiu o Lousville City FC.
Campanhas na MLS
Porém, se na USL a equipe atingiu o sucesso imediato e colecionou títulos, na MLS a fórmula não funcionou.
Juntamente com a maioria dos jogadores, o técnico Adrian Heath foi mantido no comando, porém ficou apenas até o meio da temporada 2016. Com aproveitamente de pontos de 43% em 55 jogos e sem playoff, foi demitido no início de julho. O principal feito de Heath foi o draft de Cyle Larin, jovem canadense que teve o record de gols na temporada de estréia na MLS com 17. O jogador foi o artilheiro da equipe nas três primeiras temporadas.
Da mesma forma seus sucessores não tiveram sucesso e ficaram pouco tempo. Jason Kreis (65 jogos – 40%) e James O’Connor (56 jogos – 31%) não atingiram playoffs e viram a equipe ter campanhas piores a cada ano. O’Connor ficou marcado com o recorde de pior defesa da história, sofrendo 74 gols.
Por outro lado, em 2020 assumiu o técnico colombiano Óscar Pareja e a equipe atingiu o playoff pela primeira vez. Em um ano atipico e com menos jogos que uma temporada comum, a derrota na segunda rodada para New England Revolution deu fim a melhor temporada da história. No torneio MLS is Back, o Orlando chegou à decisão, mas acabou ficando com o vice-campeonato.
Jogadores Históricos
O brasileiro Kaká é o principal nome na história do Orlando City na MLS. Primeira contratação da franquia após tornar-se uma expansão da MLS, foi primeiro jogador designado e principal ferramenta de propaganda para atrair fãs.
Atualmente no elenco, o português Nani chegou em 2019 e aparece nesta lista por ser a grande estrela trazida para aumentar a qualidade técnica da equipe e por ter conduzido o time a primeira aparição nos playoffs.
Com 108 jogos entre 2015 e 2019, o meio campo colombiano Cristian Higuita aparece como o atual detentor do recorde de aparições pela equipe. Deve ser superado por Chris Mueller se ficar na equipe para a temporada 2021.
Já o maior goleador continua sendo o canadense Cyle Larin, que foi o artilheiro da equipe nas três temporadas que esteve na Flórida (2015 a 2017). Com 44 gols, tem 19 de vantagem para o seguindo, o brasileiro Kaká.
Brasileiros
Na curta história da franquia da Flórida, 12 brasileiros passaram pela equipe. Desses, apenas Renan Boufleur participou da USL.
Além de Kaká, ainda o brasileiro com mais jogos com a camisa do Orlando City SC, o atacante Pedro Ribeiro jogou a temporada inaugural da MLS.
Em 2016 juntou-se a eles o meio campista Julio Baptista (ex-companheiro de Kaká no São Paulo).
Em seguida, na temporada 2017, chegaram os zagueiros Léo Pereira e Victor Giro. Em 2018 o atacante Stefano Pinho também passou pela Flórida.
O lateral Ruan e o atacante Robinho chegaram a equipe em 2019.
Em 2020, chegaram o atacante Matheus Aiás, o zagueiro Antonio Carlos, ex-Palmeiras e o meio campista Junior Urso, vindo do Corinthians.
Ao final da temporada, quatro continuavam no elenco: Matheus Aias, Antonio Carlos, Ruan e Junior Urso e o clube contratou Alexandre Pato para a temporada de 2021.
Edição e revisão: Pedro Breganholi
(Capa: Reprodução: Getty Images)