Na 19ª edição da Coluna do Guga, assinada pelo Jornalista Gustavo Demétrio, o leitor terá a análise sobre a falta de mais jogadores da MLS na Seleção principal dos Estados Unidos
No último domingo (30), a Seleção dos Estados Unidos fez amistoso preparatório contra a Suíça para se condicionar à disputa das semifinais da CONCACAF Nations League, contra Honduras, nesta quinta-feira (3). Foi o primeiro grande teste desse time em algum tempo, já que vinham enfrentando rivais menos qualificados ultimamente nós últimos confrontos. O saldo do amistoso foi até positivo, com boa atuação no primeiro tempo contra os europeus, porém, o que ficou evidenciado foi a necessidade de opções maiores de jogadores que atuam na Major League Soccer no elenco da seleção.
Para a fase final da Nations League, o técnico Gregg Berhalter convocou 23 ateltas, dentre eles apenas quatro que atuam na liga americana. David Ochoa, goleiro do Real Salt Lake, Jackson Yueill, do San Jose Earthquakes, Kellyn Acosta, meia do Colorado Rapids, e Sebastian Lleget, meia-atacante do LA Galaxy, são os nomes.
Mas onde está Zimmerman, do Nashville?
Sam Vines, do Colorado Rapids?
Matt Tunner, do New England Revolution?
Berhalter preteriu o melhor zagueiro da última temporada da MLS, Walker Zimmerman, em relação ao defensor do Fulham/ING, Tim Ream, rebaixado da Premier League para Championship no futebol da terra da rainha na última temporada. E não é que Ream tenha sido a exceção da regra no desempenho pífio do seu time, pelo contrário. Além disso, o zagueiro do Nashville é bem mais novo, tem 28 anos, pode entregar bem mais para a seleção também para o futuro.
Outro que veio do mesmo Fulham rebaixado foi Antonee Robinson, lateral-esquerdo. Injustificável escolha perante o jogador que já é Sam Vines, lateral ponteiro, rápido e, de quebra, construtor. Robinson não é mais completo.
Por falar em descenso à segunda divisão de seu país, Josh Sargent conheceu isso junto ao Werder Bremen/ALE. Gyassi Zardes, do Columbus Crew, concorrente de posição, ao contrário, foi artilheiro da última MLS, além de ter se sagrado campeão.
Matt Turner alcançou em 2020, e também nneste inicio de 2021, um enorme desempenho, se tornando o melhor goleiro da liga. Ethan Hovarth, por outro lado, amargou a reserva de Simon Mignolet no Club Brugge/BEL, fazendo apenas quatro jogos durante toda temporada europeia.
Berhalter treinou muito tempo na Major League Soccer, foi até um técnico capacitado dentro do campeonato. Porém, essa negligência na convocação, é só mais um dos grandes problemas em ele ocupar o cargo que pode levar essa ótima geração americana, talvez a melhor da história, a simplesmente não ser bem aproveitada e tendo seu potencial perdido.
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É concreto dizer que Berhalter se apega a uma certa grife, trazendo jogadores da Europa pra balizar, de alguma maneira, seu pobre trabalho, tendo passar uma segurança no que está decidindo e fazendo como técnico. E não é que os grandes nomes dessa atual safra, como Christian Pulisic, McKennie e Sergiño Dest, rendem o máximo que podem, assim como nos seus clubes, sendo o “porto seguro” da seleção, enquanto o restante dos atletas, podem ou não ser contestados, como feito no parágrafo acima, estão sempre desempenhando abaixo. Pelo contrário. Está tudo indo muito mal, em cada camada.
O pior de tudo, é que na seleção olímpica, de base dos Estados Unidos, onde alguns desses jogadores que não foram chamados, são aproveitados, mas, ainda assim, como se viu no Pré-Olímpico, o problema do selecionado principal se repete. É crônico, logo, o maior responsável por isso, vai além dos treinadores, está na direção da Federação, que está mais do que provado ser má dirigida.
*As opiniões emitidas nessa coluna não necessariamente refletem o posicionamento do Território MLS
(Capa: Reprodução/Getty Imagens)