Na 25ª edição da Coluna do Guga, assinada pelo Jornalista Gustavo Demétrio, o leitor terá a opinião sobre o Colorado Rapids, que após reforço na janela de transferência se candidata a brigar por coisas grandes na MLS
A Major League Soccer é um campeonato cíclico, não existem grandes dinastias de times por tanto tempo dentro da liga. O que há são alguns períodos que se estendem um pouco mais, em que algumas franquias se consolidam no topo e, depois, seguindo o caminho dos esportes americanos, retornam a uma fase de remontagem. Na MLS, se conta nos dedos os que se encaixam nisso, como o LA Galaxy da Era Beckham e Donovan, ou atualmente o Seattle Sounders, comandado por Brian Schmetzer.
Este cenário acontece por conta de todas as regras da liga em termos de teto salarial, troca de jogadores e captação de novos talentos. Um dos diretores do Orlando City, o brasileiro Ricardo Moreira, exemplificou isso uma vez em entrevista ao Território MLS, ”a liga é socialista no país mais capitalista do mundo”, ou seja, todas as equipes partem de condições parecidas para se planejarem e se montarem.
Diante disto, em 2021 o Colorado Rapids parece despontar como uma das franquias a chegarem ao topo na disputa da Conferência Oeste, e por consequência se gabaritar para fazer boas campanhas também na pós-temporada nos próximos anos, quiçá sonhar até com a MLS Cup, afinal o que não falta naquele time é talento, principalmente agora depois da contratação de Mark-Anthony Kaye.
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Além do novo reforço, o destaque absoluto para o meio-campo do Rapids é merecido. Os ótimos, e experientes, Jack Price, Benezet e Namli, com a juventude de Cole Bassett e Kellyn Acosta. A qualidade salta aos olhos no setor, mas o encaixe de características de todos esses nomes é algo singular dentro do campeonato. Já o sistema defensivo e o ataque, apesar de não terem a mesma pompa, não deixam a desejar. Lá atrás, Rosenberry, um dos laterais mais constantes nos Estados Unidos e a promessa Sam Vines, juntamente com o fortíssimo Abubakar, no jogo aéreo. Na frente, a velocidade de Michael Barrios, a pontaria de Diego Rubio e o trabalho duro do brasileiro André Shinyashiki. Há de onde tirar.
E o ”como tirar”, nesta situação posta, se torna parte importante na equação. Quantas equipes já tiveram bons nomes e não deram certo por problemas de organização dentro e fora do campo? Com o técnico Robin Fraser no Colorado, existe a certeza de um trabalho bem feito, de um comandante que já tirou muito de times inferiores na sua passagem pelo próprio clube.
Na atual temporada, a 4ª colocação da Conferência Oeste, a frente de times como o Los Angeles FC, reforçam ainda mais essas boas sensações, de um time que não é para este ano, mas para o próximo, com outros eventuais reforços pontuais que podem chegar. Óbvio, jogadores podem sair, há jovens promessas no elenco, o que poderia abalar um pouco todo esse entusiasmo, até a própria contratação de Kaye possa ser uma antecipação da diretoria que já antevê que alguém possa sair nas próximas janelas, mas de qualquer forma, o processo está sendo bem executado, as bases estão construídas e a espinha dorsal será mantida.
Olho no Colorado Rapids, e não só para boas campanhas, mas para o topo.
(Capa: Reprodução/Twitter Colorado Rapids)