Disputa judicial entre MLS, New York Red Bulls e Scott Pearson vem acontecendo desde o início do ano
A Major League Soccer e o New York Red Bulls rejeitaram voluntariamente um processo na corte federal dos Estados Unidos contra Scott Pearson, suposto agente do meio-campo Kaku, de acordo com documentos judiciais. As informações são da ESPN americana.
A disputa judicial, que recentemente ganhou um novo capítulo, ocorre desde o início do ano, quando Kaku assinou contrato com o Al-Taawon/ARA, clube da primeira divisão saudita, apesar de ainda ter contrato com o Red Bulls.
Na ocasião, o Al-Taawon alegou que o jogador naturalizado paraguaio teria assinado como agente livre. Informação que foi rebatida pelo Red Bulls, que afirma que Kaku ainda estava sob contrato com eles, e por isso, não poderia assinar com outro clube.
Em 3 de março, o Red Bulls soltou uma declaração oficial, com decisão arbitral favorável à franquia e, possivelmente, impedindo a transferência de Kaku para a Arábia Saudita.
Em uma tentativa de recuperar os benefícios que teriam se Kaku tivesse sido transferido para outro clube, ou mesmo permanecesse com os Red Bulls, o clube nova-iorquino e a MLS processaram Pearson e alegaram “interferência torturante” no tratamento do contrato do jogador com a liga, e o movimento do jogador para o Al-Taawon.
“Ontem, a MLS e o New York Red Bulls rejeitaram voluntariamente seu processo frívolo contra Scott Pearson”, falou Chris Deubert, advogado de Pearson, em comunicado à ESPN americana.
“O processo nunca deveria ter sido aberto e é vergonhoso que o Sr. Pearson tenha tido que contratar um advogado para convencer a MLS e os Red Bulls de que o processo não tinha mérito. O Sr. Pearson sempre agiu de maneira adequada e profissional para atender às necessidades de seus clientes, incluindo clubes de futebol profissional e jogadores. É uma pena que tenham tentado compensar sua própria negligência e incompetência culpando, caluniando e difamando injustamente o Sr. Pearson. O Sr. Pearson está considerando suas opções legais”, continuou.
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A MLS afirma que chegou a oferecer uma opção de contrato unilateral a Kaku antes do prazo final de 31 de dezembro de 2020, e informou Pearson e o jogador, que com o apoio da MLSPA (Associação de Jogadores da liga), que os Red Bulls não ofereceu essa opção a tempo, e por isso, estava livre para assinar com outro clube.
Pearson chegou a afirmar que não era agente de Kaku, o que significa que não estava autorizado a receber qualquer notificação sobre a situação e sobre a opção exercida. O processo, agora indeferido, descreve que Pearson apagou de suas redes qualquer menção ao atleta, mas que continua participando das transações do jogador para outros clubes.
O caso foi levado a um ”árbitro” e de acordo com a CBA (Acordo Coletivo de Trabalho) entre a MLS e a MLSPA, que ficaram do lado dos Red Bulls e da MLS, declarando que houve uma violação de contrato por parte de Kaku e que o mesmo deveria parar de jogar pelo time árabe. A MLS entrou com uma petição no tribunal federal solicitando a execução da decisão do árbitro.
Curiosamente, a decisão não teve impacto direto para o jogador, que continuou a atuar pelo Al-Taawon, onde ainda participou de 18 jogos pelo campeonato local e na copa, fazendo 11 gols em suas temporadas.
De acordo com uma fonte que sabia de perto de todo o processo – agora retirado – disse à ESPN que era um “movimento para fazer cumprir a sentença arbitral contra Kaku e seu agente” e uma “ferramenta para exercer influência e trazer o clube [saudita] à mesa”.
Em julho, outras fontes afirmaram que a MLS estava registrando uma queixa contra Kaku e o Al-Taawon na Câmara de Resolução de Disputas da FIFA. Na ocasião, a MLS planejava argumentar que o jogador se mudou para o clube saudita em janeiro de 2020, enquanto ainda estava sob contrato com a MLS, e por consequência, com o New York Red Bulls.
(Capa: Reprodução/NYRB)