Fora dos playoffs e com desempenho bem abaixo do esperado, o Inter Miami segue na mesmice de ser um clube bagunçado e acumula mais uma vergonha para sua curta história
Se a chegada do Inter Miami encheu a Major League Soccer de expectativa, a participação do time foi muito ruim até aqui e podemos resumir isso em uma palavra: Vergonha. O clube logo de início tentou burlar uma das regras da liga para atuar com mais de três atletas na vaga de Jogadores Designados, vergonha porque os astros da equipe pouco fizeram até aqui e acima de tudo vergonha porque o futebol apresentado é bem abaixo dos principais times da sua conferência.
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O fator Beckham, aliado ao mercado forte como Miami, fez com que a esperança de um time forte para fazer frente ao Orlando City na Flórida fosse surgir, entretanto o Inter Miami se mostra um clube bagunçado e sem nenhuma perspectiva de melhora.
Terminando a temporada de 2021 em 11º na Conferência Leste e de fora dos playoffs, os comandados de Phil Neville foram decepcionantes no ano, com uma defesa problemática e um ataque que apesar de ter figuras famosas como Rodolfo Pizarro e Gonzalo Higuain, pouco assustou os rivais ao longo da temporada.
Rodolfo Pizarro e Higuain, dois nomes que custam muito aos cofres do Inter Miami e que pouco retorno trouxeram ao clube, mais um dos indícios de como a franquia não sabe como gastar, parece apenas querer um time midiático com jogadores “atraentes” do ponto de vista do marketing, mas que deixa o carro chefe de qualquer time, o futebol dentro das quatro linhas, em segundo plano.
A ineficiência do Inter Miami como organização fica ainda mais escancarada quando observamos o Nashville SC, que estreou na liga no mesmo ano, sendo um time fortíssimo, para alguns até candidato a conquista da MLS Cup, mas sem ter gastado muito como o Inter Miami e sem nem 1/3 da mídia do time de Beckham, Phil Neville e cia.
A presença de Phil Neville é outra ponto crítico no ano para se esquecer do Inter Miami, o técnico inglês que dividiu os gramados com Beckham nos tempos de jogadores do Manchester United/ING, pouco conseguiu fazer com o time, erros defensivos constantes, um meio campo que salvo as boas atuações do brasileiro Gregore, pouco foi efetivo durante a temporada e um ataque que dependia e muito de bons momentos do jovem Robbie Robinson.
Para a próxima temporada o clube precisa de uma chacoalhada e mudança imediata de mentalidade caso queira ser um time competitivo, a reformulação precisa iniciar urgente e um ponto crítico é o melhor aproveitamento dos Jogadores Designados, já que até aqui Blaise Matuidi, Rodolfo Pizarro e Gonzalo Higuian pouco fizeram para merecer os grandes salários que recebem.
Além de organizar o campo, cabe ao clube também se organizar como administração, ser respeitoso as regras da liga, ter feeling para tomar decisões técnicas e pensar se querem ser uma instituição de futebol ou só mais uma marca esportiva travestida de clube de futebol.
* As opiniões emitidas nesta coluna não necessariamente refletem o posicionamento do Território MLS
(Capa: Reprodução/Site Inter Miami)