Uruguaio de 23 anos despertou curiosidade da imprensa brasileira devido ao contato dos dirigentes rubro-negros com o Los Angeles FC
Com o Flamengo se aproximando do acerto com o atacante uruguaio Diego Rossi nos últimos dias, um jogador que marcou a história do recente, mas já emblemático Los Angeles FC da Major League Soccer, as expectativas de torcedores e até mesmo da imprensa são tomadas por desconfiança e análises precipitadas sobre um jogador que não tomou uma decisão de rumar diretamente ao futebol europeu, mas fazer história na MLS.
A caminhada de Diego Rossi no futebol profissional começa no Peñarol/URU no meio do ano de 2016 e sua versatilidade já era um trunfo precioso no seu estilo de jogo. Atuando nas duas pontas e como centro-avante, o baixinho de 1,70m de altura também já demonstrava habilidade em suas duas temporadas pelos Carboneros, que inclusive culminaram em dois títulos uruguaios. As passagens pelas seleções de base do Uruguai incrementaram um currículo de uma joia que poderia desembarcar num clube europeu, mas o destino o colocou para brilhar na Califórnia.
Contratado por cerca de 2,5 milhões de euros em 2018 pelo recém-criado Los Angeles FC, o impacto dele foi imediato ao marcar o primeiro gol da história do novo clube na vitória e terminar como o jogador com mais gols (17) em todas as competições, na frente da estrela Carlos Vela.
Mesmo com hat-trick de Diego Rossi, Los Angeles FC era eliminado na US Open Cup em 2018 (Reprodução/LAFC)
Já em 2019 sua qualidade deu um salto ainda maior, com sua velocidade somado a uma melhoria significativa na força física, atributo muito trabalhado na MLS, Rossi se transformou num ponta-esquerda com muita movimentação e ao lado de Carlos Vela protagonizaram um ataque de 85 gols na temporada regular, em que 50 foram anotados pelos dois. Já consolidado como um dos grandes nomes do futebol no Estados Unidos, Rossi em seu segundo ano já era um All-Star ao ajudar o LAFC na conquista da Supporter´s Shield.
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Individualmente, o ano de 2020 foi o melhor para Rossi que conquistou se tornar o jogador mais jovem a levar a chuteira de ouro com 22 anos graças aos seus 14 gols, o prêmio de melhor jogador jovem e a inclusão na seleção do torneio. Em razão da ausência de Carlos Vela durante quase toda a temporada, Diego Rossi se adaptou bem ao seu protagonismo ofensivo e na posição de atacante central que foi escalado em alguns jogos. Contudo, coletivamente, o LAFC bateu na trave na Concachampions sendo vice-campeão para o Tigres/MEX e na MLS, a eliminação veio na primeira rodada dos playoffs para o Seattle Sounders.
Diego Rossi leva a chuteira de ouro da MLS em 2020 (Reprodução/ LAFC)
Emprestado ao Fenerbahçe/TUR desde setembro do ano passado, Rossi convive com uma alta disputa no concorrido ataque do time turco e não rendeu o esperado até agora com dois gols e cinco assistências em 18 jogos. Um cenário parecido será encontrado no Flamengo, em que Rossi não terá o protagonismo que conviveu com seu sucesso em Los Angeles e irá precisar ganhar espaço com menos tempo e a dificuldade natural em se adaptar ao futebol brasileiro que fornece menos espaços defensivos para atacantes. Se conseguir rápido entrosamento com os jogadores e ao estilo intenso de Paulo Sousa, o uruguaio poderá repetir o desempenho na MLS.
(Capa: Reprodução/Los Angeles FC)