Na quinta edição da coluna MLS Drops, Pedro Luis Cuenca fala sobre a melhora técnica do FC Cincinnati e que tem participação fundamental do atacante Brenner
O FC Cincinnati é, com certeza, uma das franquias mais intrigantes da Major League Soccer. Longe de ser uma das cidades mais atrativas e populosas dos Estados Unidos, ganhou seu espaço na liga após apenas três anos na USL. Talvez tenha sido justamente essa pressa em crescer que fez o time virar chacota na MLS, ocupando a lanterna entre 2019 e 2021.
Depois de fazer sucesso na USL, a MLS mostrou-se ingrata com o Cincinnati. As dificuldades constantes, apesar das contratações e mudanças de treinadores, levantavam a questão se o time realmente fazia jus ao campeonato ou se merecia o mesmo destino de antigas franquias, como o finado Chivas USA. No fim, ficou e se recuperou.
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E a recuperação do Cincinnati passa, entre diversos fatores, pela contratação de um brasileiro. Depois de brilhar com o São Paulo no Brasileirão de 2020, Brenner foi contratado por 13 milhões de dólares. Com apenas 21 anos, ele chegava ao clube como jogador designado e todo o peso de levar o FCC a um milagre de alcançar os playoffs. Veja bem, deu certo, mas foi difícil.
Em 2021, Brenner marcou apenas 8 gols e deu duas assistências em 33 jogos. Os números fizeram com que retornassem os questionamentos sobre sua escolha em ir à MLS e até mesmo levantaram boatos de que voltaria ao Brasil, especialmente com uma proposta do Internacional. Não rolou, ficou nos Estados Unidos e, olha, ainda bem.
A temporada seguinte foi de completa virada, não só para Brenner, mas para a franquia como um todo. Mudanças internas fizeram o FCC contratar novo diretor, novo treinador e buscar importantes e interessantes peças no mercado para composição do elenco. Ainda que a temporada tenha começado com uma goleada de 5 a 0 para o Austin e uma sequência de tropeços, tudo mudou na metade final.
Com 49 pontos alcançados, o Cincinnati terminou em 5º lugar na Conferência Leste e vai aos playoffs pela primeira vez na história da franquia na MLS. Na classificação geral, terminou em décimo, uma posição bem digna para quem sempre fechou a tabela. Mais do que isso, as peças importantes finalmente se deram bem juntas.
Brenner sofreu em 2021, mas brilhou em 2022. Em 29 partidas, fez 18 gols, deu 6 assistências e mandou embora qualquer possibilidade de sair do clube pela porta dos fundos. Agora, voltou a ser uma peça importante e de confiança dentro do elenco, inclusive sendo decisivo em certos momentos da temporada. A ajuda de Lucho Acosta, melhor ‘garçom’ da MLS no ano, ajudou muito.
Hoje, é possível dizer que Brenner finalmente estreou na Major League Soccer e fez uma temporada digna do que se esperava e do que o Cincinnati pagou a ele. Ainda bem para todos nós, dos que acompanham e torcem por ele, para a liga, para o próprio atleta e, claro, para o time também. A melhor notícia da temporada é o renascimento de Brenner. E que siga voando!
(Capa: Reprodução/Twitter/FC Cincinnati)