Pedro Luís Cuenca aborda a última MLS Cup e a emoção que a partida entre LAFC e o Philadelphia Union proporcionou para quem acompanhou
O futebol é lindo e eu posso provar com um só jogo. Semanas atrás, escrevi nessa coluna sobre a magia dos playoffs da Major League Soccer, que sempre proporciona bons momentos, alguns até históricos. Mal sabia que a decisão do torneio deste, entre LAFC e Philadelphia Union, seria uma das melhores partidas da história da liga, talvez até mesmo na minha memória de quase três décadas acompanhando futebol por todo o mundo.
É bem verdade que o primeiro tempo começou murcho, com muita marcação e pouco futebol até o gol de Kellyn Acosta para o LAFC. A partir deste momento, a história começou a ser escrita com traços de genialidade, crueldade e muitas reviravoltas para as duas partes envolvidas.
- Quer assistir UM MÊS DE MLS NA FAIXA? Assine AGORA mesmo o DAZN e tenha 30 dias grátis! Clique AQUI!
Tudo mundo aos 14 do segundo tempo, com o gol de empate, marcado por Daniel Gazdag. A partida já se encaminhava para a prorrogação, quando Murillo colocou novamente o LAFC na frente, aos 38 minutos. Nem deu para comemorar muito e Jack Elliott novamente igualou o placar. Parecia um roteiro de cinema, ainda mais com o bom futebol mostrado pelos dois times na etapa final.
A inevitável prorrogação apareceu. Com ela, o maior dos dramas. Duas equipes querendo a vitória, mas, ao mesmo tempo, com medo da derrota. Foi quando Maxime Crépeau precisou sair da área aos 116 minutos e dividiu com um atacante rival. Falta marcada e o goleiro do LAFC foi expulso, mesmo que tenha quebrado a perna na jogada.
O reserva John McCarthy entrou em campo. E guardem esse nome, ele ainda será muito importante no texto. Por conta do atendimento a Crépeau, muitos minutos de acréscimo. Foi aí que aos 124′, muito além do esperado, Jake Elliott arrumou um gol inesperado. Pronto, Philadelphia Union campeão, certo? Errado, claro.
Gareth Bale tinha entrada em campo apenas na prorrogação. Voltando de lesão, o astro do LAFC era dúvida para a decisão e, diante de um cenário desesperador na busca pelo título, entrou em campo. Quando o cruzamento foi para a área aos 128′, só sua cabeça parecia destinada para a finalização. E assim aconteceu. Com força, no canto, sem chances para Blake. Tudo igual novamente e festa inexpicável no lotado Banc of California Stadium.
Nos pênaltis, outro milagre entrou em ação. Lembram do McCarthy, goleiro reserva do LAFC que foi para o jogo? Pois bem, ele era do Philadelphia Union no passado e foi fundamental para a vitória por 3 a 0 nas penalidades. Todo o roteiro do improvável aconteceu naquele maravilhoso sábado californiano.
No fim, venceu o melhor time da MLS durante todo o ano. No fim, vencemos todos nós que acompanhamos uma dar melhores partidas de todos os tempos na liga. Para quem tanto critica, que engula a seco agora, pois há futebol e muita emoção nos Estados Unidos.
(Capa: Reprodução/Twitter/LAFC)