Técnico brasileiro tirou gigante da fila de títulos e é um dos melhores treinadores fora do país
Jardine teve sua 1ª experiência num time profissional no São Paulo, em 2019. Na época, ele assumiu o Tricolor Paulista após a demissão de Diego Aguirre, mas não era um “tiro no escuro”. Os diretores do SPFC acreditaram no técnico, apesar da sua pouca experiência, motivos:
André trabalhava no São Paulo desde 2015, já tinha tempo de “casa”, e ele foi contratado após bons trabalhos na base do Grêmio e do Internacional, lá ganhou 30 troféus. Em Cotia, teve bons resultados e então, passou a fazer parte da comissão técnica do time profissional.
Com pouco tempo para treinar o time em meio a pré-temporada, Jardine acabou sendo eliminado com o São Paulo na pré-Libertadores, para o Talleres (ARG), comandado por um tal de Juan Pablo Vojvoda. A eliminação custou o seu cargo, com apenas 4 meses, como efetivado.
No mesmo mês, foi contratado para comandar a Seleção Brasileira Olímpica, e já vimos que trabalhar com a garotada é um fonte forte do Jardine, né? Ele fez parte de todo o ciclo olímpico, com a cereja do bolo, sendo o ouro olímpico de Tóquio, em 2021.
O trabalho na Seleção rendeu propostas de alguns clubes, mas ele optou pela cautela, para evitar que o “filme” no SPFC fosse repetido. Por isso, deu o próximo passo em um lugar onde teria tempo de trabalhar sem pressão por resultados: o Atlético San Luís.
Na sua 1ª experiência no México, Jardine teve bons resultados, e o que mais chamou atenção foi a postura do time em campo contra os grandes. Com ele, o pequeno San Luís venceu Monterrey, Cruz Azul, América, Pumas e companhia, times muito mais ricos e com elencos melhores.
Mas o que colocou Jardine na mira dos poderosos do país, foi ele ter levado o San Luís até as quartas de final do “Apertura”, quase conseguindo eliminar o América, dentro do Estádio Azteca. Ao todo, foram: 36 jogos, 13 vitórias, 6 empates e 17 derrotas. Prêmio? Cargo de técnico no maior clube do país.
André Jardine está no América CF desde junho de 2023, chegou ao clube nas vésperas da Leagues Cup, e mesmo assim, o time chegou até as oitavas de final, caindo nos pênaltis pro Nashville. Na liga MX, bateu campeão mexicano, contra o Tigres, tirando o América do jejum de 5 anos.
São 41 jogos, 25 vitórias, 11 empates, e apenas 5 derrotas, aproveitamento de 70%. Uma de suas virtudes é a potencialização de jovens talentos. Jardine promoveu jogadores da base do América e no mercado só buscou nomes com menos de 29 anos, o que facilita o estilo agressivo do time em campo.