Continuando nossa série de artigos sobre a Seleção Americana, agora focado nos meias e atacantes, exploramos as opções do técnico Gregg Berhalter para a Copa América.
Liderados por Christian Pulisic e Gio Reyna, jogadores considerados únicos de uma geração rica em talento, a base neste caso é a mesma que defendeu os Estados Unidos no Catar e não correspondeu às expectativas, ao perder logo na segunda fase.
No entanto, a experiência adquirida e um plantel coadjuvante mais competente podem garantir ao time da casa um final mais feliz em 2024 e dar confiança ao time para 2026.
Abaixo os jogadores disponíveis para Gregg Berhalter no meio de campo e ataque da Seleção Americana de Futebol Masculina:
Meias da Seleção Americana de Futebol
Tyler Adams (Bournemouth) – Johnny Cardoso (Real Bétis) – Weston McKennie (Juventus) – Yunus Musah (Milan) – Gio Reyna (Nottingham Forest) – Brenden Aaronson (Union Berlin) – Malik Tillman (PSV)
Os volantes Adams e Johnny já estão na mente da comissão técnica e vão dar uma dor de cabeça positiva nessa disputa pela posição de “Camisa 6”.
Já o titular um pouco a frente dos “6”, McKennie tem uma sombra excelente, Musah é um jogador bastante diferente do seu concorrente, então você com certeza irá vê-lo em campo em momentos que os Estados Unidos estiver precisando de velocidade na transição.
Os “Camisas 10”, esses, sim, nós iremos ter uma briga do mais altíssimo nível. Quem sai na frente hoje é o jovem Reyna, já que foi decisivo no título da Nations League, além de ser um jogador que é extremamente versátil, já que pode atuar também nas duas pontas, com toda certeza teremos Reyna em campo durante a maioria do tempo.
Porém, como dito, Gio é um jogador muito versátil, em momentos que tivermos ele caindo pelos lados, temos duas opções de alto nível para o meio, jogadores de características diferentes, Tillman vem de grande temporada no fortíssimo time do PSV, ele é o camisa 10 e vem sendo um dos destaques com seus 6 gols e 13 assistências na temporada, é um meia ofensivo com muita qualidade na finalização e nos passes, podendo também cair pelas pontas. Já o Brenden vive um momento conturbado com o Union Berlin que faz uma temporada extremamente abaixo, mas ele não perdeu suas características e é um excelente criador de jogadas.
Temos muitas possibilidades de convocações que ficaram de fora aqui;
Lennard Maloney (FC Heidenheim) – Tanner Tessmann – Luca DeLa Torre (Celta de Vigo) – Gianluca Busio (Veneza) – Jack McGlynn (Philadelphia Union) – Rokas Pukstas (HNK Hajduk Split) – Paxten Aaronson (Vitesse) – Brian Gutiérrez (Chicago Fire) – Benja Cremaschi (Inter Miami)
Sim, são muitos jogadores, os Estados Unidos tem grandes opções para o meio-campo, são muitos nomes, em breve falarei sobre muitos desses jovens.
Pontas do USMNT
Christian Pulisic (Milan) – Timothy Weah (Juventus)
Nossos pontas são rivais nos seus clubes, Pulisic, nosso camisa 10, dispensa comentários, vive grande momento no Milan e se adaptou rapidamente ao futebol italiano, chega para ser o principal nome da seleção e a esperança para as grandes jogadas criadas.
Weah, filho do Bola de Ouro George Weah, atualmente presidente da Libéria, infelizmente não conseguiu repetir na Juventus, as atuações que vinha tendo no Lille, marcando apenas um gol nessa passagem no futebol italiano até o momento. Mas é um jogador com qualidade inquestionável e com certeza será importante para equipe.
É de se notar que apenas dois pontas de ofícios foram selecionados aqui, isso por que temos jogadores que podem fazer essa função e pensamos também em possíveis formações com 2 centroavantes. Mas de qualquer forma, merecem reconhecimento os futuros jogadores da seleção, Kevin Paredes (Wolfsburg) e Quinn Sullivan (Philadelphia Union).
Ambos são jogadores de apenas 20 anos, mas já se destacam e são importantes para suas equipes e com certeza farão parte do ciclo em breve.
Centroavantes
Florian Balogun (Monaco) – Josh Sargent (Norwich City) – Haji Wright (Coventry City)
Aqui a briga é extremamente acirrada e onde Gregg Berhalter vai ter mais dor de cabeça.
Teremos 2 atacantes? Apenas 1? Mas quem joga?
Balogun não foi o que esperavam no Mônaco até agora, mas mesmo assim soma 8 gols e 5 assistências até aqui na temporada, números bons, mas muito abaixo da temporada passada quando jogou pelo Reims, mas segue sendo a 1° opção da comissão técnica.
Josh Sargent vive momento iluminado pelo Norwich e iria mostrar isso, mas acabou sendo cortado da última convocação por uma lesão, mas não o abalou, já que ele volta fazendo gols novamente e já soma 15 na Championship nessa temporada e curiosamente está na briga para uma vaga nos playoffs contra o seu companheiro de seleção, Wright.
Assim como Sargent, ele também soma 15 gols, mas contou com a “sorte” e foi para o lugar do craque do Norwich na última convocação e acabou mostrando serviço, marcando dois gols frente a Jamaica e praticamente carimbando sua vaga na Copa América.
A concorrência para esses 3 é extremamente forte, temos grandes jogadores que ficaram de fora;
Jesús Ferreira (FC Dallas) – Ricardo Pepi (PSV) – Brandon Vazquez (Monterrey) – Jordan Siebatcheu (Borussia M’Gladbach) – Daryl Dike (West Brom)
Todos são jogadores conhecidos pelos torcedores norte-americanos, com exceção do Jordan que não é convocado desde 2021.
Dike seria uma grande opção se não fosse sua grave lesão, ele vinha sendo convocado, mas acaba ficando de fora. Ferreira e Pepi podem aparecer na lista do Gregg, mas de momento, vi como melhores opções os 3 titulares nos seus times no futebol europeu. E Brandon se destaca muito pelo Monterrey e já apareceu em convocações recentes.
No próximo artigo da série, exploramos como ficaria então o XI titular de Gregg Berhalter, diante de tantas opções de convocações para a estréia contra a Bolívia depois dessa previsão de elenco completa da Seleção Americana para a Copa América em 2024.
Capa: USMNT/ Instagram