sexta-feira, dezembro 13, 2024
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Do futsal à Seleção Brasileira Feminina: conheça Bruninha, campeã da NWSL com o NJ/NY Gotham FC

Com apenas 22 anos, Bruninha acumula mais de 50 jogos no clube e vem se firmando com a camisa da Seleção

A (Nacional Women’s Soccer League) é o principal campeonato de futebol feminino dos Estados Unidos, e entre ás várias craques presentes na competição, temos a lateral-direita, Bruninha, do NJ/NY Gotham FC.

Aos 22 anos, a brasileira está na liga norte-americana há dois anos, e nesse período acumulou ótimos momentos, como convocações para à Seleção Brasileira e o título da liga pelo “time do Batman”. Nisso, os primeiros passos de Bruninha não foram nos gramados, mas sim nas quadras de futsal, mais especificamente no Uno Chapecó. Após esse período, a jogadora foi para o time feminino de futebol de campo da Chapecoense, e seguiu carreira no Internacional e no Santos. Inclusive, foi nas Sereias da Vila que Bruninha conquistou o prêmio da “Bola de Prata”, como revelação do Brasileirão Feminino.

Do futsal à Seleção Brasileira Feminina: conheça Bruninha, campeã da NWSL com o NJ/NY Gotham FC
Foto: Divulgação/Santos FC

Mesmo tão jovem, Bruninha já acumula grandes conquistas na sua carreira profissional. Por isso, em entrevista exclusiva ao Território MLS, a jogadora falou sobre como está sendo essa fase da carreira, suas expectativas para os playoffs da NWSL dessa temporada e o futuro da Seleção Brasileira com o técnico Arthur Elias.

Do futsal à Seleção Brasileira Feminina: conheça Bruninha, campeã da NWSL com o NJ/NY Gotham FC
Foto: Divulgação/NJ/NY Gotham FC

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA DO TERRITÓRIO COM A BRUNINHA:

  • Como foi a sua adaptação aos Estados Unidos? Não só dentro de campo, mas fora também. Teve muita dificuldade com o inglês?

“Confesso que não foi muito fácil no começo, me adaptar a uma nova cultura, um novo país, nova comida, outra experiência, mas eu, desde o começo, estava muito ciente de que seria difícil, mas até eu passar pelo processo, depois as coisas aconteceriam naturalmente. E foi isso que aconteceu, claro que tive minha família comigo, as meninas aqui, minhas companheiras de equipe foram super legais, me recepcionaram super bem, então, isso facilitou o caminho e agora eu já me sinto em casa.”

  • Você tem mais de 50 jogos pelo Gotham, o quão importante é essa marca para você?

“Bom, é um número que representa muitas coisas por trás dele, a minha adaptação, a minha chegada, a minha permanência aqui no clube, renovação de contrato, ser campeã com o Gotham. Então, esses 50 jogos representam para mim algo muito importante, uma marca da qual eu quero aumentar ainda. Mas desde já, eu já fico muito feliz, muito realizada com isso, e para mim é de extrema importância.”

  • O que o Gotham significa para região de NJ/NY? É um clube que abraça a comunidade?

“O Gotham é muito importante para uma comunidade bem grande aqui de Nova York, Nova Jersey, de pessoas que se identificam com o clube, gostam de acompanhar os jogos, vão até o estádio. Nossos fãs são os nossos torcedores, que nos transmitem uma energia muito grande quando estamos dentro de campo, quando a gente joga em casa e quando a gente joga fora de casa, eles demonstram esse apoio nos bares da cidade, indo acompanhar pelos telões. Então, a gente acaba vendo os , acompanhando pelas redes sociais, e eu acho isso algo tão incrível. Então, sim, o clube abraça essa comunidade de uma maneira muito, muito grande e dá o devido valor a isso.”

  • O Gotham é o atual campeão da NWSL após uma campanha heroica. Como foi pra você ter participado desse momento?

“Então confesso que o meu primeiro ano aqui foi bem curto, eu cheguei no final da temporada depois da Copa do Mundo (2022). Então vivenciei uma fase bem ruim do clube onde a gente terminou a fase classificatória em último, não classificamos para os playoffs. E no ano seguinte, fomos campeãs, foi um ano que a gente não tinha expectativa, mas obviamente demos o nosso melhor. O pensamento era de reconstrução, de evolução do clube, reconstrução do time. Mas as coisas foram acontecendo de forma natural. A gente se fechou muito, um time, um elenco maravilhoso e as coisas foram acontecendo naturalmente, passo a passo, e a gente foi vivendo intensamente cada momento pra chegar na final, disputar o título e ser campeãs.”

  • Qual a expectativa para os playoffs desse ano? O peso é ainda maior por precisarem defender o título?

“As expectativas são muito grandes. A gente tem noção da importância de ser o atual campeão. A gente carrega esse peso e queremos defender esse título. A gente tem uma expectativa muito grande, tanto nós atletas quanto os diretores, enfim, o Gotham de uma forma geral, e estamos trabalhando pra isso, pra manter o título.”

  • Você fez parte do 1° time campeão da NWSL a ir para a Casa Branca. Bateu nervosismo?

“Claro que bateu nervosismo. Costumo ver a Casa Branca apenas nas redes sociais, em filmes. Nunca imaginaria poder pisar lá e estar ao lado do presidente dos Estados Unidos. É algo que procurei prestar atenção em cada detalhe, porque sabemos que são momentos únicos.”

  • Mesmo com 22 anos você já tem uma história com a Seleção Brasileira, até Copa do Mundo disputou. Quais as diferenças do trabalho da Pia para o Arthur Elias?

“Então, entre a Pia e o Arthur são ideias diferentes, isso é nítido. Pensamentos diferentes, também experiências diferentes do que cada um teve nas suas carreiras. Agradeço muito a Pia, as oportunidades que ela me deu foram muito importantes na minha vida, disputar uma Copa do Mundo, enfim, toda a experiência que eu tive. Acho que a Pia tem uma metodologia mais defensiva. As ideias do Arthur são mais ofensivas, mais de controle do jogo, controle da posse da bola, ofensividade, ficar mais perto do gol, criar mais jogadas. Enfim, acho que isso é mais a identidade brasileira, é mais o que a atleta gosta. A gente gosta, obviamente, de ter a posse do jogo, de ter o controle da bola e é o que a torcida gosta de ver e quer para a Seleção Brasileira.”

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