Cinco lições da estreia de Son Heung-min pelo LAFC na MLS

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Ex-Tottenham, o sul-coreano Son Heung-min mostrou quão alto pode ser seu impacto na MLS, em somente 40 minutos em campo.

O primeiro capítulo de Son Heung-min na Major League Soccer não teve gol, mas entregou tudo o que a torcida do Los Angeles FC esperava: impacto imediato, carisma e uma pequena amostra do que vem por aí, agora que a equipe tem o seu novo ícone do futebol global.

LAFC enfrenta desafios como visitante

Os últimos 10 jogos fora de casa do LAFC na MLS expõem um padrão preocupante: média de 1,78 gol marcado, mas 2,0 gols sofridos por partida, com apenas 1,1 ponto conquistado por jogo. A equipe tem mostrado vulnerabilidade defensiva, dependência excessiva de Bouanga e dificuldade em transformar empates em vitórias. A chegada de Son pode elevar o poder ofensivo, mas ajustes urgentes na defesa e no controle de jogo serão essenciais para recuperar a consistência longe de casa.

Son Heung-min
Son Heung-min aquece antes do jogo contra o Fire em Chicago (Fotos: Joshua Torres / Pitchside Brazil – Instagram)

No empate em 2 a 2 diante do Chicago Fire, no SeatGeek Stadium, o sul-coreano deixou claro que chegou para elevar o nível da equipe, mas precisará ser inciso uma vez que a equipe já não conta com o capitão Aaron Long, que rompeu o ligamento no joelho, e Marlon, que voltou à Ucrânia após seu empréstimo expirar.

  1. Mudança de rota em meia hora

    Entrando aos 61 minutos, Son precisou de pouco tempo para mudar o roteiro. Aos 77, acelerou sobre Carlos Terán e cavou o pênalti convertido por Denis Bouanga, garantindo o empate. Uma atuação-relâmpago que mostrou seu potencial para decidir jogos mesmo sem estar 90 minutos em campo.

  2. Velocidade e verticalidade intactas

    Se havia dúvida sobre como o ex-Tottenham se adaptaria ao ritmo da MLS, a resposta veio rápido: a arrancada para sofrer o pênalti foi digna dos melhores tempos na Premier League. É um recurso que promete abrir defesas e criar desequilíbrios em série.

  3. Aplausos longe de casa

    Mesmo fora de Los Angeles, Son foi recebido com euforia no pequeno SeatGeek, nos subúrbios de Chicago. Camisas da Coreia do Sul, Tottenham e Bayer Leverkusen apareceram nas arquibancadas, com torcedores visivelmente movidos pela chegada do superestrela. Um lembrete de que seu sorriso e fala amigável o fazem o pôster perfeito para a liga exportar o seu produto para a Europa e, claro, a Ásia.

  4. Rapidez na adaptação tática

    Participativo, Son finalizou três vezes e se entendeu bem com o astro da equipe, Denis Bouanga, no ataque. Son não marcou, mas trouxe novas linhas de passe e ameaças em transição, empurradas pelo veloz Nathan Ordaz. A tendência é que, com mais minutos, sua química com o time se traduza em gols e assistências, ou seja, participações de gols.

  5. Competitividade e ambição

    Após o jogo, Son admitiu frustração por não vencer o jogo, e deixou claro que espera um impacto ainda maior já na próxima rodada, contra o New England Revolution em Boston. A postura evidencia seu perfil de líder e fome por títulos na nova fase da carreira.

    Son Heung-min (Fotos: Joshua Torres / Pitchside Brazil - Instagram)
    Son Heung-min finaliza contra o Chicago Fire pelo LAFC (Fotos: Joshua Torres / Pitchside Brazil – Instagram)

Son chega à MLS como muito mais que um reforço midiático. O número de camisas vendidas até o fim de semana entretanto, indicam claramente que o coreano tem tudo para dar certo nos Estados Unidos, dentro e fora de campo, após longa passagem pelo futebol inglês. Pelo que mostrou em meia hora na frente de Gregg Berhalter e seu Fire, pode ser o nome que muda a balança na Conferência Oeste — e, quem sabe, na corrida pela MLS Cup.

@celsoliveira_
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Celso Oliveira é correspondente do Los Angeles FC, na Califórnia e atual líder do projeto Territorio MLS. Fotos e videos pelos campos da Major League Soccer

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