O sorteio da Copa do Mundo de 2026 colocou o Brasil e o Haiti no mesmo grupo — um encontro raro, com forte peso simbólico para os haitianos, que retornam ao Mundial após 52 anos. Para a Seleção, é um duelo que exige atenção: o Haiti chega competitivo, organizado defensivamente e embalado por uma campanha histórica nas Eliminatórias.
A volta do Haiti ao Mundial, aliada ao peso cultural do duelo contra o Brasil, gera uma atmosfera única. Para os haitianos, o torneio é visto como uma janela esportiva e social — matéria recorrente na imprensa local, que liga o futebol ao desejo de estabilidade, já que o Brasil deve querer impor seu ritmo de jogo e acabar com o sonho caribenho logo na primeira fase da competição.
Prezidan Komite Nòmalizasyon an, Monique André ak antrenè seleksyon Brezil la Carlo Ancelloti apre seremoni tiraj osò a !
Yon foto ki rejwenn tout sans li, sitou se reprezantan 2 peyi ki pral gen pou twoke kòn nan Mondyal la ! #NouNanMondyal #Mondyal2026 #AyitiNanMondyal2026 pic.twitter.com/4b4iv6m4Zc
— Fédération Haïtienne de Football (@fhfhaiti) December 5, 2025
📌 Como chega a Seleção do Haiti ao Mundial de 2026?
A equipe comandada por Sébastien Migné terminou líder do Grupo C das Eliminatórias da CONCACAF, com 11 pontos (3 vitórias, 2 empates, 1 derrota). O time se apoia em uma geração experiente, reforçada por atletas que atuam na Europa e na MLS.
Resultados recentes (Eliminatórias)
- Haiti 2×0 Nicarágua – vitória que carimbou a vaga
- Haiti 1×0 Costa Rica – atuação sólida, gol de Frantzdy Pierrot
- Honduras 3×0 Haiti – único tropeço da fase
- Nicarágua 0×3 Haiti – controle total fora de casa
- Costa Rica 3×3 Haiti – reação em jogo aberto
- Haiti 0×0 Honduras – duelo físico, poucas brechas
Campanha final: 6 jogos · 3V · 2E · 1D · saldo +3
Jogadores-chave da Seleção do Haiti
O Haiti também carrega influência direta da Major League Soccer em sua espinha dorsal. Danley Jean Jacques, meia do Philadelphia Union, tornou-se peça fundamental pela capacidade de pressionar, cobrir espaços e acelerar transições — exatamente o perfil que elevou o rendimento haitiano nas Eliminatórias.
Já Louicius Deedson, atacante do FC Dallas, adiciona velocidade, drible e leitura agressiva de profundidade, sendo uma das válvulas de escape mais perigosas da equipe. Ambos simbolizam como a MLS tem ampliado sua presença no desenvolvimento de talentos caribenhos e reforçam o nível competitivo que o Haiti levará ao Mundial.
- Johny Placide (Bastia) – capitão, liderança técnica
- Ricardo Adé (LDU Quito) – referência defensiva
- Danley Jean Jacques (Philadelphia Union) – dinamismo no meio
- Jean-Ricner Bellegarde (Wolverhampton) – criação em alto nível
- Duckens Nazon (Esteghlal) – mobilidade e finalização
- Frantzdy Pierrot (AEK Atenas) – força física e presença diária na área
- Louicius Deedson (FC Dallas) – velocidade e leitura de espaços
Para o Haiti, enfrentar o Brasil é o ponto máximo de um ciclo marcado por reconstrução esportiva, investimentos pontuais no scouting e apoio massivo da diáspora. A classificação inédita desde 1974 colocou o país em evidência e transformou a seleção em símbolo de esperança.
Para o Brasil, o jogo demanda controle e ritmo. O Haiti costuma competir com linhas compactas, saídas rápidas e foco em bolas paradas. A equipe haitiana cresceu em jogos grandes — venceu a Costa Rica, empatou com a Honduras e mostrou consistência fora de casa.
Leitura inicial do confronto Brasil x Haiti
- O Brasil terá mais volume de posse e criação.
- O Haiti aposta em transições diretas e na força de Pierrot e Nazon.
- A bola parada haitiana é um ponto de atenção.
- Clima, torcida imigrante e contexto emocional costumam elevar o desempenho dos jogadores haitianos em jogos nos EUA com o jogo provavelmente ocorrendo em New Jersey ou Philadelphia.
