O Vancouver Whitecaps é o grande fenômeno da temporada 2025 no futebol norte-americano — e tudo começou com uma decisão polêmica e corajosa. Em novembro do ano passado, o diretor esportivo Axel Schuster surpreendeu ao demitir o popular técnico Vanni Sartini, que havia conquistado três títulos consecutivos do Campeonato Canadense e duas idas aos playoffs da MLS Cup.
A justificativa? Levar o clube “ao próximo nível” e formar um verdadeiro candidato a títulos. Poucos acreditaram na aposta. Hoje, a ousadia é celebrada. Sob o comando do dinamarquês Jesper Sørensen, contratado dois meses, o Vancouver vive uma fase espetacular: após vencer o Minnesota United fora de casa neste domingo (27), chegou a 23 pontos e disparou na liderança isolada da MLS — abrindo sete pontos sobre o segundo colocado, que soma apenas 16.
Vanni, you'll be missed. #VWFC pic.twitter.com/BhEqK1zm6r
— Vancouver Whitecaps FC (@WhitecapsFC) November 26, 2024
Mas a temporada mágica dos Whitecaps vai além da MLS. O time também caminha firme para a conquista continental. Na última quinta-feira, venceu o Inter Miami de Lionel Messi por 2 a 0 em Vancouver, pelo jogo de ida da semifinal da Concacaf Champions Cup. Com o resultado, pode até perder por um gol no jogo de volta, em Miami, que ainda assim estará classificado para a grande final. Importante lembrar: na competição, o gol fora de casa é critério de desempate.
O caminho até a semifinal foi impressionante: o Vancouver eliminou o Deportivo Saprissa (Costa Rica) e dois gigantes da Liga MX — primeiro o Monterrey, depois o Pumas UNAM —, superando favoritismos e mostrando força, mesmo diante de adversários históricos. A classificação contra o Monterrey, em especial, foi épica: jogando no Estadio Corona e saindo atrás do placar logo nos primeiros minutos, o time canadense buscou o empate por 2 a 2 com gols de Édier Ocampo e Brian White, garantindo a vaga pelo critério de gols fora de casa (3-3 no agregado).

Contra o Pumas não foi diferente. Emoção ate, literalmente, o último lance do jogo quando os canadenses conseguiram o empate e a vaga. O mais impressionante? Tudo isso sem contar com nomes cruciais como o atacante Ryan Gauld, fora desde março com lesão no joelho, além de Jayden Nelson e Sam Adekugbe. A profundidade do elenco e a força mental da equipe têm sido determinantes para essa arrancada histórica.
“Quando eles foram a Monterrey sem Gauld, sem Nelson e sem Adekugbe, e ainda assim buscaram o resultado, isso mostrou a qualidade de gestão do Jesper Sørensen. Há personalidade e maturidade nesta equipe,” destacou Maurice Edu, ex-jogador e comentarista da MLS.
Sørensen, em pouco tempo, conseguiu transformar completamente o perfil da equipe.
O Whitecaps de 2025 é agressivo, resiliente, com jovens se destacando e veteranos assumindo o protagonismo. A postura fora de casa — corajosa e inteligente — mostra um time preparado para desafios maiores.
Com o melhor futebol da América do Norte no momento, uma liderança folgada na MLS e moral em alta, o Vancouver Whitecaps prova que a mudança de comando não só foi acertada — foi a virada de chave que faltava para um clube que agora sonha com títulos nunca conquistados. E o sonho, claramente, está só começando!!!
