sexta-feira, março 29, 2024
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Em entrevista exclusiva ao Território MLS, Talles Magno e Léo Chú falam sobre a expectativa em torno da semifinal da CONCACAF Champions League

Representantes do New York City e Seattle Sounders conversaram com o Território MLS também sobre o período longe do Brasil

Nesta quarta-feira (6), Seattle Sounders e New York City FC farão a primeira partida da semifinal da CONCACAF Champions League 2022, no Lumen Field, estádio da equipe da Conferência Oeste. A partida, marcada para as 23h (horário de Brasília), será transmitida pela Star+, serviço de streaming da Disney, no Brasil.

    Atacantes das equipes, Talles Magno, do NYCFC, e Léo Chú, dos Sounders, falaram com exclusividade ao Território MLS sobre a expectativa para o confronto, que levará uma das franquias para a decisão do torneio mais importante para as equipes da América do Norte, Central e Caribe.

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    Apesar da fase negativa dos Pigeons, que soma três derrotas consecutivas, a expectativa no clube é alta, revela Talles: “Todos nós, do nosso time, sonhamos com a decisão. Sabemos da dificuldade que vamos enfrentar e vamos trabalhar o máximo para conquistarmos nosso sonho de sermos campeões. Por mais que na MLS, perdemos o último jogo, estamos confiantes que podemos chegar à final.

    Chegar a decisão, naturalmente é um feito a se comemorar, mas para clubes da MLS apresenta um sabor a mais. Desde a criação do novo modelo da competição, valendo vaga ao Mundial de Clubes da FIFA, em 2005, nenhum clube dos Estados Unidos se consagrou campeão. O LAFC, em 2020, e o Real Salt Lake, em 2011, bateram na trave e ficaram com o vice-campeonato.

    Para Chú, a experiência obtida em campeonatos mata-mata, quando ainda atuava no Brasil, pode fazer a diferença no confronto: “Vai ser muito difícil. Vamos jogar contra o atual campeão da MLS. Para nós, que somos sul-americanos, entendemos melhor essa questão de mata-mata que os americanos, que jogam mais por pontos corridos”, afirma o ex-atacante do Grêmio/BRA e do Ceará/BRA. “Sabemos da grandeza de poder ser o primeiro time americano a ser campeão, mas para isso temos que fazer um grande jogo contra o New York City.

    Mesmo com a competição se encaminhando para sua reta final, os jogadores concordaram que o clima para os duelos decisivos ainda não possuem a mesma intensidade de um jogo realizado em competições brasileiras e sul-americana: “A atmosfera é outra, mas teve a apreensão, o frio na barriga e a dificuldade (contra o Comunicaciones/GUA, na fase anterior)”, disse Talles. “Eu creio que a passo a passo a MLS vai trazer mais paixão nos estádios, como a torcida dos Sounders, claro que ainda muito diferente, por causa da cultura. Com a liga crescendo cada vez mais, vai incentivar ainda mais pessoas irem ao estádio e serem ainda mais fãs do futebol e do clube”, completou Chú.

    (Reprodução: Getty Images)

    Desde a metade da última temporada nos Estados Unidos, ambos os jogadores afirmaram estar cada vez mais adaptados ao país e ao estilo de jogo adotado por cada clube: “No começo foi muito complicado, confesso, por não saber a língua por não estar adaptado ao estilo de jogo, mas na virada de chave do ano passado para este ano, tudo mudou. Ganhei meu espaço, estou trabalhando também para aprender o inglês em 100%. Estou entendendo bastante, mas ainda não consigo dialogar tanto. É uma dificuldade, que quando superá-la, será um aprendizado para a vida”, confessou o atleta de 19 anos da equipe de Nova Iorque e que teve seu discurso endossado pelo rival desta quarta.

    Outra similaridade que os dois brasileiros possuem, foi o curto tempo em campo na temporada 2021. Todavia, tanto Talles Magno quanto Léo Chú conseguiram obter maior atenção dos treinadores Ronny Deila e Brian Schmetzer, respectivamente, em 2022. Enquanto o jogador do grupo City, é titular indiscutível da franquia, o atacante do time da Conferência Oeste é figura cativa entre as alterações realizadas por Schmetzer nos Sounders.

    Embora enfrente dura concorrência em sua posição de origem, Léo Chú se diz contente com a minutagem recebida, até o momento, nesta temporada e batalhará para conseguir ainda mais espaço no clube, que possui um elenco majoritariamente montado há algumas temporadas: “Desde que eu cheguei, notei que era um time que estava encaixado há algum tempo e que a formação era montada com apenas um atacante de frente. Eu entendia. Esse ano, mudamos para a formação que eu gosto e que me adapto melhor, como jogava no Brasil e estou tendo mais oportunidades. Sei que por posição, disputo com o jogador da seleção principal dos Estados Unidos, Jordan Morris, mas creio que passo a passo vou conquistando meu espaço na equipe”, afirmou o gaúcho, que completa 22 anos no dia do duelo.

    (Reprodução: Twitter/ Seattle Sounders)

    Quanto aos demais brasileiros que atuam na Major League Soccer, os atletas compartilham um sentimento de companheirismo, por mais que nunca tenham interagido diretamente um com o outro, como o caso dos entrevistados: “Não estamos no nosso país de origem, então qualquer brasileiro que a gente encontra, por mais que a gente nunca tenha se falado, parece que é amigo faz anos. Qualquer brasileiro que passa, eu trato de chegar e falar”, comentou o ex-jogador do Vasco da Gama.

    No final da entrevista, Léo Chú e Talles Magno falaram sobre a relação que possuem com seus antigos clubes: “Jogava no Grêmio desde os meus nove anos. Sou gremista desde a minha infância. Sempre que posso, falo com os meninos que estão la. Outra equipe que tenho muito carinho é o Ceará, onde acabei jogando por um ano e meio. São duas equipes que estou sempre acompanhando”, afirmou Chú. “Estou acompanhando todos os jogos (do Vasco). Tenho amizade com todos dali. É um carino enorme que teno. Estou torcendo muito por eles e espero que esse ano seja melhor”, finalizou Talles.

    O jogo de volta acontecerá na próxima quarta-feira (13), às 22h, no horário de Brasília, na Red Bull Arena.

    (Capa: Reprodução/ Território MLS)

     

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