Veja os motivos que contribuíram para que o Columbus Crew, atual campeão da MLS, ficasse de fora do mata-mata da liga
Dentre os times que ficaram de fora dos playoffs, nenhum caso foi tão surpreendente quanto o do Columbus Crew, atual campeão da MLS Cup. E o time de Ohio é o personagem desta coluna.
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De fato, foi decepcionante ver o atual vencedor da Major League Soccer ficando de fora do mata-mata e da chance de defender o seu título. Desde 2018, quando o Toronto FC ficou de fora dos playoffs, o atual vencedor da MLS não se classificava pra pós-temporada.
A situação torna-se ainda mais frustrante quando se olha e percebe que apenas um ponto separou o Columbus Crew do primeiro time classificado. A sensação de “não conseguimos por muito pouco” aumenta ainda mais o sentimento de frustração e joga um peso maior em cima das falhas do time ao longo da temporada.
É importante dizer que o Columbus Crew manteve a base do elenco campeão em 2020. Jogadores como Mensah, Nagbe, Pedro Santos, Zardes e Zelarayán ficaram, e o time ainda foi ao mercado e fez algumas boas adições, tais como o meia Kevin Molino, o goleiro Evan Bush e o veterano centroavante Bradley Wright-Phillips.
Um time sólido, que manteve os destaques, o treinador e ainda se reforçou pontualmente. Pareciam os ingredientes certos pra que o Columbus Crew fizesse novamente uma temporada muito competitiva. Mas não foi o que aconteceu.
E entre os motivos que sem dúvidas contribuíram pra derrocada do Columbus, estão as lesões. O principal exemplo disso é o meia Kevin Molino. Contratado junto ao Minnesota United, ele foi o principal reforço da temporada. Porém esteve presente em apenas 11 dos 34 jogos do Columbus na MLS, marcando apenas um gol. O jogador perdeu 20 jogos da temporada por lesões.
Outro jogador que se enquadra nesse exemplo é Perry Kitchen. O volante foi outro reforço pontual pra temporada. Mas só esteve em campo cinco vezes na MLS. As lesões o tiraram de 27 jogos na temporada. Outro volante, Artur, esse titular absoluto, perdeu 28 jogos por estar machucado.
A situação de Molino, Kitchen e Artur só não foi pior que a de Aidan Morris. O jovem, uma das principais revelações do Columbus em 2020, sequer entrou em campo na atual temporada, por conta de uma grave lesão no joelho.
Outro ponto que prejudicou o Columbus Crew foi a queda de produção de dois nomes fundamentais na campanha do título de 2020: Gyase Zardes e Pedro Santos.
O primeiro balançou as redes 15 vezes na MLS em 2020, já em 2021, o número de gols caiu pra nove. Já o português viu seu número de gols cair pela metade. De oito gols em 2020, pra apenas quatro em 2021.
Se o Columbus sofreu por causa de quem não pôde somar por conta das lesões, também teve quem foi aquém, mesmo podendo entrar em campo. E isso vale muito bem pra dois reforços: Bradley Wright-Phillips e Alexandru Matan.
O veterano atacante inglês só marcou um gol em 21 jogos. Já a promessa romena atuou 28 vezes e não marcou gols nem deu assistências. É certo que os dois não tiveram muitos jogos como titulares, mas foram reforços que vieram para agregar, e não conseguiram fazer isso.
A soma de jogadores importantes ficando mais no departamento médico do que em campo, queda de produção de alguns destaques e reforços que não agregaram resultou num time que coletivamente não funcionou bem.
Era nítida a dependência que o time tinha do seu principal jogador, o agora armênio Lucas Zelarayán. O camisa 10 do Columbus marcou 12 gols e deu quatro assistências, sendo o maior participante direto dos gols do seu time.
Não dá pra deixar de mencionar o péssimo desempenho defensivo. À título de comparação, durante a temporada regular de 2020, o Columbus Crew sofreu apenas 21 gols, contra 45 de 2021. Se em 2020 o time do Ohio teve a segunda melhor defesa da liga, na atual temporada teve a sétima pior. A falta de solidez defensiva foi um ponto fraco da equipe.
A soma de todos esses fatores fizeram com que um ano de boas expectativas para o Columbus Crew terminasse de maneira muito frustrante. Tirando o título da Campeones Cup, não há o que comemorar. A meta agora deve ser aprender com os erros, e trabalhar forte, para voltar à um patamar competitivo.
(Capa: Reprodução/Twitter Columbus Crew)