quarta-feira, abril 24, 2024
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Opinião: Cincinnati saiu do MLS is Back muito maior do que entrou

Apenas seis vitórias em 2019. Somente 24 pts conquistados, pior campanha geral entre as 24 equipes que disputaram a temporada. Um total de 22 derrotas em 34 jogos. Este foi o panorama do FC Cincinnati durante o ano passado na Major League Socccer. Para a temporada 2020, algumas mudanças e uma leve melhora, mas novamente um péssimo início na MLS. Jogando as duas primeiras partidas fora de casa, diante de New York Red Bulls e Atlanta United, o time até fez jogo duro, mas “encontrou” duas derrotas no caminho.

Durante a pandemia, com os jogos todos adiados, alguns se questionavam se a pausa seria boa para o time se reagrupar ou trágica, podendo piorar algo que já não era bom. Para os otimistas, a chegada de um novo treinador poderia significar vida nova ao clube de Ohio. Juntamente com Jaap Stam, veio também a esperança de que dias melhores viriam para o Cincinnati. É claro que Stam não é um técnico renomado e ainda dá seus primeiros passos à beira do campo após uma carreira brilhante dentro dos gramados. Mas por ter bom histórico em times menores, esperava-se que o holandês fizesse o Cincinnati ser ao menos um pouco mais combativo, já que o time de 2019, além de inferior tecnicamente, já parecia entrar em campo derrotado.

Com a chegada do MLS is Back e a confirmação que Locadia, principal contratação para a temporada, teve seu empréstimo renovado junto ao Brighton/ING, o Cincy entrou na competição como completo azarão em um grupo que tinha também Columbus Crew, New York Red Bulls e o todo poderoso Atlanta United. O cenário era unânime entre todos os analistas: “O Cincinnati vai cair na primeira fase e talvez não conquiste nenhum ponto.” A derrota por 4×0 para o Columbus Crew logo na estréia corroborou com as análises de que o time seria, novamente, saco de pancada.

MLS is Back fez bem para o time do FC Cincinnati. (Divulgação/Major League Soccer)

Mas, o que para o mundo foi uma tragédia anunciada, para o Cincinnati foi um recomeço. Stam mudou o time, abriu mão de seu amado 4-3-3 para jogar num 5-3-2 e o principal; não teve medo de jogar feio. Com um elenco limitado, o treinador entendeu que não adiantaria tentar lutar de igual para igual com os outros times da liga. O Cincinnati está muito atrás da maioria. A solução, então, foi se defender e ser guerreiro. Nas partidas seguintes contra Atlanta United e New York Red Bulls, o que se via era um grupo de jogadores comprometidos e lutando por toda bola como se fosse a última. O resultado de tanta luta? Duas vitórias em cima de equipes grandes na MLS mas que passam por momentos complicados. O Cincy, que não tinha nada com isso, fez seis pontos e avançou pro mata mata, deixando Atlanta e Red Bulls pelo caminho.

Nas oitavas do torneio, o time foi eliminado diante do poderoso Portland Timbers nos pênaltis e por pouco não venceu o jogo. Numa partida em que chegou a se defender com 11 jogadores atrás da linha da bola, o Cincinnati teve a bola do jogo justamente com Locadia, aos 86′ minutos, mas o atacante, contratado a peso de ouro, isolou e ainda perdeu sua cobrança na decisão por pênaltis.

Eliminado de forma digna e por muito pouco, o FC Cincinnati tira boas lições do MLS is Back. A primeira é a de reconhecer seus limites e não tentar ultrapassá-lo. A segunda é a certeza de que tem uma base interessante em seu elenco, o que permitirá aos diretores reforçar o time partindo desse time base. O bom goleiro Tytón, os defensores Waston e Deplagne, a trinca de meias formada pelo experiente Medunjanin, Stanko e o jovem Amaya, draftado pelo clube em 2019 e o versátil japonês Kubo, que pode jogar pelos lados ou como segundo atacante. No banco de reservas, opções interessantes, como Siem de Jong, Brandon Vazquez e Allan Cruz, além, é claro, da estrela do time, Jurgen Locadia.

Isso quer dizer que Cincinnati agora será uma das principais forças da MLS e vai incomodar todo mundo? É óbvio que não. Mas no horizonte, que antes parecia nebuloso, agora já se vê pequenos raios de sol, indicando a direção de um caminho que ainda pode ser bonito na Major League Soccer.

(Foto: Reprodução/Twitter FC Cincinnati)

*A coluna “Opinião TMLS” representa o pensamento de seu autor e não necessariamente do portal Território MLS.

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