Por muito tempo a maneira de negociar atletas na MLS foi sempre muito ortodoxa: venda para outros mercados ou busca de atletas promissores em outros lugares – como o sul-americano. Porém, nas últimas temporadas, surgiu uma nova maneira de negociar atletas e isso têm deixado a formação de elencos na MLS mais interessante.
Por exemplo, a recente troca entre Nashville SC e Seattle Sounders. A franquia recém-criada buscou um talento homegrown da outra equipe e, em troca, ofereceu um bom dinheiro – 225 mil dólares – que podem se somar a outros 25 mil, caso metas sejam cumpridas, além de uma porcentagem em uma possível venda futura.
Atualmente, esse é um bom modelo de negócio para todos envolvidos. O motivo? Um jovem atleta com potencial, como é o caso de Handwalla Bwana, que estava envolvido na transação de Nashville e Seattle, terá mais espaço no time da cidade da música.
Sendo assim, foge-se da “maneira tradicional” em aproveitar os talentos: seja vendendo para Europa por um bom valor ou seja dentro de campo, trazendo os resultados diretamente para o seu time. Essa ‘terceira via’ para negociar se mostra um caminho interessante para ser explorado pelas franquias da MLS na montagem dos seus elencos.
Outros exemplos
Aliás, outras duas franquias também utilizaram bastante desse método para fazer negócio: Philadelphia Union e FC Dallas. A franquia texana negociou Kellyn Acosta por Dom Badji (e outros beneníficios). Já o Union, mandou Auston Trusty para o Rapids por alocações de dinheiro e porcentagem de lucro em uma futura venda.
Sendo assim, as equipes não ganharam apenas flexibilidade em seus elencos com mais possibilidades de ganhar dinheiro, além de possíveis receitas futuras. Além disso, as negociações abriram espaço para outros jogadores. Paxton Pomykal e Tanner Tessmann em Dallas, assim como Mark McKenzie ganhou minutos importantes com a camisa do Phila.
Inegavelmente, as vendas para o exterior como os casos de Alphonso Davies (Bayern de Munique) e Brenden Aaronson (RB Salzbug) seguirão como a maneira que se faz mais dinheiro. Porém, os executivos da MLS vão entendendo que existem outras maneiras de fazer sua categoria de base trazer frutos, mesmo que não seja diretamente em campo, para suas equipes.
Capa: Reprodução/Twitter Seattle Sounders)
