sexta-feira, novembro 22, 2024
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Análise da temporada do Seattle Sounders

Mais uma temporada terminou com o Seattle Sounders entre as melhores equipes da Major League Soccer. O time chegou à sua quarta MLS Cup em cinco anos, mas perdeu por 3 a 0 para o Columbus Crew e viu o sonho do terceiro título ser adiado. Vamos analisar os pontos positivos e negativos da temporada e entender como a derrota sofrida na final não foi por acaso.

Expectativas para a temporada

A temporada 2020 começou com grandes expectativas em cima de Lodeiro, que domina todas as ações ofensivas da equipe, e Ruidíaz, referência no ataque do time. Ambos tiveram participação importante no ano anterior, quando o Seattle conquistou a MLS Cup vencendo o na final.

Além dos rostos já conhecidos, a grande novidade da franquia foi o meia brasileiro João Paulo, contratado junto ao Botafogo/BRA. A defesa foi o setor que gerou mais dúvidas no início do ano. Arriaga não era uma unanimidade entre os torcedores, principalmente por ter sido expulso em duas partidas consecutivas em 2019. O zagueiro Yeimar Gómez e o lateral Nouhou haviam sido contratados recentemente e, obviamente, não era possível saber se eles poderiam dar conta do recado. Já na lateral direita, Leerdam continuava sendo o nome de referência.

Temporada regular

Durante a temporada regular, pudemos ver um Seattle que, além de ter herdado muitas características do time campeão em 2019, passou a ter mais qualidade no passe com a entrada de João Paulo como meia central.

O técnico Brian Schmetzer costuma adaptar as ações de sua equipe de acordo com o adversário, mas de maneira geral, a forma de atacar e defender continuam a mesma. A formação mais utilizada foi o 4-2-3-1, com os homens de frente pressionando a saída de bola e marcando os defensores adversários. Apesar de João Paulo ter permitido que o time controlasse mais a posse de bola, o Seattle Sounders continuou sendo um time forte no contra-ataque, explorando principalmente a velocidade e força física de Jordan Morris.

No sistema de marcação, o time precisou se adaptar. Gustav Svensson, principal marcador do time no ano anterior, acabou perdendo espeço no time titular após a chegada de João Paulo. Uma das variações de Schmetzer para não ficar tão exposto foi alterar a formação quando o time estava sem a bola. Ao ser atacado, o Seattle alternava seu posicionamento para um 4-4-2 e João Paulo, obviamente, ficava mais recuado. Esse sistema não foi novidade para o meia brasileiro, já que ele viveu uma situação parecida na campanha do Botafogo/BRA na em 2017.

Números da equipe em comparação com a temporada anterior:
Temporada: 2019
Gols feitos: 66
Gols sofridos: 52
Jogos: 37

Temporada: 2020
Gols feitos: 49
Gols sofridos: 25
Jogos: 24
Dados: Sofascore

Esses números contam apenas jogos válidos pela temporada regular e playoffs da Major League Soccer. Competições como a US Open Cup e o não estão contabilizados justamente pelo ano atípico de pandemia.

Apesar da quantidade de jogos disputados pela equipe em 2020 ter sido bem menor em relação ao ano anterior, o número de gols sofridos foi baixo e essa estatística corrobora com a boa temporada feita pelo zagueiro Shane O’Neill, que veio do Orlando City no início do ano e foi titular em 19 das 24 disputadas.

Playoffs – Bom início e tropeço no fim

Após se classificar em segundo lugar na Conferência Oeste, o Seattle Sounders enfrentou o LAFC nas quartas de final e mostrou sua força ao vencer por 3 a 1, com gols do trio de ferro: Lodeiro, Ruidíaz e Morris. Na semifinal, enfrentou o FC Dallas e, apesar de ter vencido por apenas 1 a 0, controlou bem o jogo.

A situação começou a mudar de figura quando a equipe enfrentou o Minnesota United na final da Conferência. Apesar de ter vencido por 3 a 2 em uma partida emocionante, a virada começou apenas ao 75′, com Bruin, que havia acabado de entrar.

Ao sofrer o gol, o time do Minnesota parou de jogar, talvez pela falta de experiência ao chegar tão longe nos playoffs. O Seattle se aproveitou da situação e conseguiu virar o jogo. O fato é que o Seattle não teve tantas dificuldades quando enfrentou o e FC Dallas, duas equipes não tão constantes na temporada. Mas quando jogou contra uma equipe melhor encaixada e com jogadores diferenciados, sofreu para vencer.

Apesar da força do Seattle Sounders nas últimas temporadas, era de se imaginar que o jogo contra o na MLS Cup não seria fácil. Assim como o Minnesota, o Columbus também tem um estilo de jogo bem definido, além de ter jogadores que desequilibram em todos os setores do campo.

O Seattle teve mais posse de bola, mas quem controlava o jogo era o Columbus. O trio de ferro não apareceu como de costume e com 31′ o jogo já estava 2 a 0 para o time de Ohio. Schmetzer fez alterações logo no início do segundo tempo, mas aos 82′, Zelarayán fez o terceiro gol e sacramentou a vitória do Crew e ao mesmo tempo, a queda do Seattle.

O que vimos nessa final foi um time totalmente desligado desde o apito inicial. As substituições poderiam ter sido feitas ainda na primeira etapa, dada a importância do jogo e a forma como a situação se desenrolava. Schmetzer provavelmente imaginou que a virada pudesse acontecer como no jogo anterior, mas nem sempre “a camisa pesa”, ainda mais quando o adversário também tem história.

O Seattle Sounders pode tirar coisas boas da temporada e se orgulhar de estar novamente entre os times mais fortes, mas Schmetzer terá o trabalho de encontrar novas formas de vencer partidas quando se deparar com placares adversos. Além disso, a franquia deve se atentar ao elenco, já que Morris está sendo frequentemente sondado por equipes da Europa e, apesar de ainda ter contrato com o clube, pode sair num futuro próximo.

(Capa: Reprodução/Twitter Seattle Sounders)

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