domingo, dezembro 22, 2024
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Semifinais da Liga MX definidas, América está fora

As quartas de final do Guard1anes 2020 foi marcada por grandes jogos e muita emoção desde o início, além de belíssimos gols. E se o presente ano decepcionou muita gente, o futebol mexicano nunca falha em proporcionar boas histórias, rivalidades e momentos épicos.

A fase de quartas de final teve início no último dia 25 e foi completada na noite do dia 29, com os jogos de volta, com as melhores equipes da fase inicial possuindo a vantagem de decidir em casa e jogar por dois resultados iguais.

Dos quatro primeiros colocados da primeira fase, três deles avançaram, porém nenhum deles teve vida fácil. León, Pumas e precisaram lutar até o apito final para garantir a vaga para as semifinais. Já o América sucumbiu diante do Chivas e fica pelo caminho.

LEÓN 2 X 0 PUEBLA (3×2 – Agregado)

Nada melhor que começar com o super líder Leon, que teve muito trabalho para superar um valente Puebla, que já havia derrubado o favorito na repescagem em jogo único e começou o duelo com uma ótima vitória por 2 a 1 no Estádio Cuauthémoc.

Apostando na boa fase de Nikolas Vikonis debaixo das traves e contando com um contra-ataque poderoso, o Puebla poderia ter aberto maior vantagem no primeiro jogo, porém o time de melhor campanha do torneio mostrou frieza para manter o confronto em aberto e decidir em seus domínios.

E após um início avassalador no segundo jogo, “La Fiera” fez o resultado necessário logo na primeira etapa, com um gol contra de Maximiliano Perg aos ‘5 e mais uma vez com Angel Mena, que já havia marcado na ida e aos 30 minutos de jogo marcou mais um tento importantíssimo para os locais, que administram a vantagem para avançar de fase.

AMÉRICA 1 X 2 CHIVAS (1×3 – Agregado)

O mais esperado dos confrontos dessa Liguilla até o momento teve início com cenários bem distintos para as duas equipes mais populares do país: um América embalado por sua invencibilidade em clássicos na temporada e por um reta final em que parecia ter encontrado seu melhor futebol e que iria enfrentar um rival que atravessa mais uma temporada turbulenta dentro e fora de campo, além de não contar com seu grande artilheiro, J.J Macias, que ficou de fora devido a uma lesão na coxa.

No entanto, como diz o ditado, “clássico é clássico e vice-versa”. E foi só rolar a bola em Guadalajara para as diferenças sumirem, assim como a vantagem e o favoritismo do quadro Azulcrema. Os donos da casa impuseram um jogo notadamente físico e com formidável aplicação tática, criando muitas dificuldades ao América, que mesmo finalizando mais a gol, nunca foi realmente efetivo. E quando parecia que teríamos um 0 a 0, eis que Cristian Calderón, o grande nome do superclássico, apareceu aos 36 minutos do segundo tempo com um chutaço de esquerda no ângulo de Guillermo Ochoa para dar a primeira vitória do Rebaño na Liguilla após cinco anos.

Com a desvantagem no placar, a equipe mandante precisava ao menos devolver o resultado jogando no Estádio Azteca para seguir adiante, lançando-se ao ataque desde o início e criando boas chances, sempre buscando a dupla Vinas-Martin com Sebastián Córdova e Gio dos Santos completando o quarteto ofensivo. No entanto, tinha uma pedra no meio do caminho, uma não, duas! Duas verdadeiras “pedradas” de “Chicote” Calderón, aos 31 do primeiro tempo e aos 27 do segundo, nas quais o estelar goleiro de las águilas não poderia fazer nada, senão aplaudir. Henry Martin ainda descontou três minutos mais tarde, porém não foi suficiente para evitar uma dolorosa eliminação .

PUMAS 0 X 0 PACHUCA (1×0 – Agregado)

Nas lentes de quem apenas observa um gol em dois jogos, seria muito fácil afirmar que não foi uma grande série entre Los de Pedregal e Tuzos. No entanto, o que se viu foram 180 minutos de um duelo tático dos mais interessantes entre Andrés Lillini (Pumas) e Paulo Pezzolano (Pachuca), onde a precisão da equipe capitalina fez a diferença ao fim dos dois jogos.

Tal precisão que veio dos pés de Fábio Álvarez, camisa 10 da equipe universitária, que com um chute de rara felicidade aos 7 minutos do jogo em Hidalgo, fez o gol que mudou a história do confronto, com direito a homenagem ao compatriota e ídolo Maradona, claro. Após o gol, o jogo tomou contornos dramáticos após o pênalti perdido por Victor Guzmán aos 45 da primeira parte, jogando fora a chance de empate do Pachuca. Os donos da casa tiveram mais chances até o fim do cotejo, porém faltou precisão na conclusão destas.

Precisando de uma vitória por um placar maior que 1 a 0, os Tuzos tiveram o domínio do jogo desde o primeiro minuto de jogo na Cidade Universitária, onde o gol parecia cada vez mais inevitável para os visitantes. Mas o Pumas contou a estrela de um improvável herói, trata-se de Julio González, reserva do sempre confiável experiente Alfredo Talavera (lesionado), que já havia feito uma boa partida de ida. González foi o grande responsável pelo zero no placar, diante de um adversário que não parecia crer nas chances que criava e tampouco nas que desperdiçava, com direito a uma defesa a “queima-roupa” nos descontos para assegurar a vaga para as semifinais.

CRUZ AZUL 0 X 1 TIGRES (3×2 – Agregado)

Se o superclássico era o duelo mais aguardado em termos históricos, esse confronto era certamente o mais esperado e equilibrado no aspecto técnico pelo fato de haver grandes jogadores de ambos os lados e os dois melhores atacantes do país em Jonathan Rodríguez e André-Pierre Gignac.

No fim das contas, foram duas partidas totalmente distintas, não apenas entre si, também como no desenrolar destas. O Tigres sabia que era importante iniciar vencendo em Monterrey e buscou a posse de bola desde o primeiro lance, sempre insistindo em jogadas pelo meio, seja com Guido Pizarro ou Julián Quiñones, porém sem conseguir furar a boa zaga adversária. E toda a aplicação defensiva da equipe de Robert Siboldi foi recompensada com um belo gol de Juan Escobar aos 30 do primeiro tempo após um contra-ataque de almanaque. Mas no minuto final da etapa inicial, Pizarro empatou com um pênalti que dava esperanças aos Auriazules. Esperanças que foram minadas diante de um Cruz Azul que soube sofrer na defesa e ser letal no ataque para marcar mais dois gols com Rodríguez e Luis Romo aos nove e aos 26 da segunda parte e dar números finais ao primeiro jogo.

Com 3 a 1 a seu favor e um oponente desesperado do outro lado, o jogo do estádio Azteca foi um verdadeiro treino defensivo para La Máquina, que precisou controlar um bombardeiro felino até os 37 do segundo tempo, onde Luis Quiñones acertou um daqueles chutes vindos de um cruzamento despretencioso e que acabam se convertendo em um golaço, sem chances para José Corona. A partir daí, os comandados de Tuca Ferretti ainda esboçaram um último fôlego, mas não o bastante para reverter a enorme desvantagem da primeira partida.

SEMIFINAIS DO TORNEIO GUARD1ANES 2020

Chivas x León 03/12-(00h05 – Estádio Jalisco)

León x Chivas 06/12 – (00h – Nou Camp)

Cruz Azul x Pumas 04/12 – (00h00 – Azteca)

Pumas x Cruz Azul 06/12 – (21h30 – Estádio Universitário)

(Capa: Reprodução/Twitter – Chivas)

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