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Coluna do Guga: O atrativo planejamento do Charlotte FC para 2022

Na 20ª edição da Coluna do Guga, assinada pelo Jornalista Gustavo Demétrio, o leitor terá a análise sobre as pretensões do Charlotte FC, franquia que estreará na MLS em 2022

Toda nova franquia que está prestes a debutar na Major League Soccer desperta, no mínimo, interesse da comunidade da liga. Qual será o planejamento?, se vão contratar grandes jogadores?, quem será o técnico? Essas são algumas das perguntas mais frequentes acerca dos novos time. O Charlotte FC é uma dessas novas equipes, que no seu caso em particular vai entrar em campo a partir de 2022, e as respostas para esses questionamentos já estão mais ou menos esclarecidas, gerando boas sensações.

No contexto da MLS, antes de tudo, é preciso ressaltar que, aparentemente, o dono David Tepper e toda estrutura do clube vão estar 100% focadas, de corpo, alma e conta bancária, para que realmente haja algum impacto do Charlotte no Soccer americano. Digo isso porque, outras franquias, com proprietários em condições semelhantes a Tepper, ou seja, que tem clubes em outros esportes para dividir atenções, acabam ”negligenciando”, ou dando menos importância, aos seus negócios no futebol. Que o diga Robert Kraft com o seu New England Revolution.

Tepper, já tendo o seu estabelecido Carolina Panthers na NFL, vai estar ao lado de Nick Kelly, CEO, e todo o front-office do Charlotte para concretizar os planos ambiciosos que os mesmos já expuseram nas últimas semanas para temporada de estreia. A diretoria afirmou que almeja quebrar o recorde de público em um só jogo na história da MLS, marca essa que hoje pertence ao Atlanta United. Além disso, a expectativa é de média aproximada de 30 mil torcedores em seu estádio durante toda temporada no Bank of America.

(Bank Of America Stadium será a casa compartilhada do Charlotte FC com o Carolina Panthers, da NFL/Foto: Reprodução/Imago Imagens)
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O citado Atlanta United, inclusive, será um rival de região de alto nível, que puxará essas ambições do time da Carolina do Norte muito para cima. Coisa semelhante ao que acontece na Cascádia com Portland Timbers e Seattle Sounders, que estão sempre no mais alto padrão. Melhor régua impossível dentro do torneio.

Essas ambições dos dirigentes, claro, precisam ter suporte dentro de campo também. E por isso, algumas boas contratações já foram feitas. A última delas, e mais midiática, foi a do lateral-esquerdo austríaco campeão da Premier League, há alguns anos, com o Leicester City/ING, Christian Fuchs. Além dele, bons nomes estão garantidos, como o meio-campista espanhol, Sergio Ruiz, e do atacante australiano Riley McGree.

Fuchs vem para trazer experiência e ainda com a esperança de ter bom rendimento ao nível da MLS, atualmente. Riley McGree, que está emprestado para o Birmingham City/ING, da Championship, fez bom campeonato, sendo um dos principais nomes dos ingleses. Sergio Ruiz jogou tão bem e foi titular indiscutível no Las Palmas/ESP, na La Liga SmartBank, que recebeu várias propostas, prontamente recusadas pelo Charlotte, de clubes da primeira divisão espanhola

Apesar do clube ainda não ter anunciado quem será seu treinador e ainda estar longe de compor seu elenco de forma massiva, porque somente através do Draft de Expansão da MLS conseguirá, essas contratações já mostram uma linha de organização diferente que o Charlotte adota em relação às últimas franquias da liga que entraram para disputa nos anos anteriores.

Los Angeles FC, estreante em 2018, apostou em transferências de jovens sul-americanos, como Eduard Atuesta e Diego Rossi, assim como o próprio Atlanta United, com Miguel Almirón e Josef Martínez, quando entrou em 2017. Por outro lado, o Inter Miami, em 2020, contratou nomes de peso, como Gonzalo Higuaín, Blaise Matuidi e Rodolfo Pizarro. Em uma terceira via, no tradicional ”moneyball”, Nashville SC e Austin FC, que prezaram por vasculhar muito bem jogadores dentro da própria MLS, para montarem elencos dignos, que conseguem competir com os grandes rivais.

Charlotte tem outra pegada, olhando para mercados diferentes, focando centros alternativos do velho continente. E como isso enriquece o próprio torneio, com cada time à sua forma se estruturando e criando uma cultura própria.

Não se sabe o que será do Charlotte ainda, se isso tudo dará certo ou não. Porém, está mais que claro o caminhado certo de planejamento que estão seguindo. Podemos estar presenciando mais uma das grandes franquias do futuro da Major League Soccer em seu nascimento.

*As opiniões emitidas nessa coluna não necessariamente refletem o posicionamento do Território MLS

(Capa: Reprodução/Site Charlotte FC)

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