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Eliminatórias da CONCACAF: confira os principais destaques e decepções do torneio

Confira um panorama geral de como foram as Eliminatórias da para a Copa do Mundo de 2022

As Eliminatórias da CONCACFC para a Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Qatar foram encerradas na quinta-feira (30). Ao todo, oito seleções disputaram a fase final do torneio.

No fim das contas, , México e Estados Unidos garantiram vaga direta para Copa, enquanto a seleção da Costa Rica se garantiu na repescagem, e vai disputar um playoff intercontinental contra a Nova Zelândia para ver quem fica com a vaga no Mundial.

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Vale à pena destacar os pontos relevantes e principais histórias das seleções envolvidas nas Eliminatórias.

 

Canadá

 

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(Reprodução/ Instagram Seleçã)

 

Começamos por umas das histórias mais interessantes entre os classificados. Os Canucks não disputavam uma Copa do Mundo desde 1986, totalizando 36 anos longe da competição.

O Canadá colheu os frutos de um grande trabalho no desenvolvimento de um time  competitivo visando a Copa do Mundo de 2026 – que o Canadá será uma das sedes – e isso foi refletido na campanha. Foram 28 pontos somados em oito vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas, justamente nas últimas três rodadas, quando os comandados de John Herdman já estavam virtualmente classificados.

Com 23 gols marcados e apenas sete sofridos, a seleção canadense teve o melhor ataque e a melhor defesa da competição. Uma campanha sólida e consistente, que em momento algum pareceu estar em risco, pelo contrário, a classificação parecia questão de tempo, e veio, com todos os méritos.

Além de Alphonso Davies, estrela do Bayern/ALE, os destaques da equipe ficaram por conta de nomes como o veterano volante Atiba Hutchison, de 39 anos, e pros atacantes Cyle Larin e Jonathan David, que foram artilheiros das Eliminatórias com treze e nove gols marcados respectivamente (somando também fases anteriores).

Apesar de o time viver uma boa fase, chega como uma certa incógnita pra Copa. Será interessante ver como o Canadá se portará após 36 anos longe de um mundial. A falta de experiência no torneio pode pesar contra o selecionado canadense.

México

 

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(Reprodução/Instagram )

 

A seleção mexicana não vive o seu melhor momento, e as Eliminatórias deixaram isso claro. O time comandado por Tata Martino – que é bastante questionado pela torcida – não fez uma campanha convincente, apesar de terminar com a segunda posição no torneio.

Apesar de não ter a sua classificação eminentemente ameaçada, o México não convenceu em termos de qualidade das suas atuações. O time ficou devendo bola, e isso se somou às derrotas nas finais da Nations League e da Copa Ouro, ambas sofridas pro rival Estados Unidos.

A dúvida que paira no ar é se os mexicanos crescerão de produção até a Copa, ou se não haverá evolução. Caso não haja, as expectativas pra torcida da El Tri não deverão ser as mais altas.

Caso ocorra, será algo parecido com o que houve no ciclo da Copa de 2014. Naquela ocasião, a seleção mexicana sofreu pra se classificar, garantindo vaga somente após vencer a repescagem intercontinental.

Todavia, no mundial daquele ano, fizeram uma boa campanha, chegando a empatar com o Brasil em 0 a 0 e se classificando para as oitavas de final, onde vendeu caro uma derrota de virada por 2 a 1 pra Holanda. O veterano goleiro Gullermo Ochoa, remanescente daquela seleção de 2014, segue firme como goleiro titular e destaque do time mexicano.

Estados Unidos

 

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(Reprodução/Instagram US Soccer)

 

Os ianques estão de volta à uma Copa do Mundo depois de oito anos. Depois de boa participação no mundial de 2014, os EUA não se classificaram em 2018, sendo eliminados de forma vexatória, ficando fora até mesmo da repescagem.

Mas para o atual ciclo, a seleção norte-americana demonstrou uma grande evolução, comandada sobretudo por uma geração que é uma das melhores da história do país. Talentos como Pulisic, Giovani Reyna, Tim Weah, McKennie, Aaronson entre outros foram a espinha dorsal.

Comandados por Greg Berhalter, os EUA até tiveram um ou outro jogo em que deixou a desejar, mas não passou por maiores sustos pra carimbar sua passagem pro Qatar. Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas, totalizando 25 pontos, terminando as Eliminatórias na terceira posição.

O jogador que pode ser destacado é o atacante Ricardo Pepi. O jovem de 18 anos surgiu como um fenômeno com a camisa do FC Dallas, e foi vendido pro Augsburg/ALE. O jogador marcou um hat-trick na goleada por 4 a 1 contra Honduras fora de casa, em duelo que consolidou Pepi como uma das principais promessas do futebol de seu país.

Para a Copa, pode-se esperar uma seleção jovem, mas com atletas que possuem certa rodagem em clubes das principais ligas europeias. Soma – se a isso jogadores mais experientes, sobretudo alguns que atuam na Major League Soccer. Apesar de a seleção ainda ter algumas coisas a serem definidas e melhoradas, o prognóstico pode ser bom.

O sorteio dos grupos da Copa – que ocorreu nesta sexta-feira (1)  – ajudou a seleção estadunidense, que caiu num grupo acessível e pode sonhar sim com uma vaga nas oitavas. Vale lembrar, no entanto, que o principal objetivo dessa seleção não é a Copa de 2022, mas a seguinte, que será disputada em 2026, e eles sediarão em casa, juntamente com México e Canadá.

 

Costa Rica

 

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(Reprodução/Instagram Seleção Costa Rica)

A seleção costa-riquenha flertou seriamente com a desclassificação. Os Chicos venceram apenas um dos primeiros sete jogos das Eliminatórias, e se viram por muito tempo longe da zona de classificação pra Copa. Todavia, o time comandado por Luís Fernando Suárez venceu seis dos sete jogos do returno, e saltou pra quarta posição.

A arrancada fez a equipe entrar de vez na briga por uma vaga no mundial. A Costa Rica conseguiu resultados expressivos, as vitórias contra Canadá e Estados Unidos nas últimas rodadas, ambas por 2 a 0.

A vaga direta pra Copa não veio por pouco, já que terminaram com os mesmos 25 pontos dos EUA, levando desvantagem no saldo de gols. Agora, a seleção da Costa Rica irá enfrentar a Nova Zelândia na repescagem intercontinental. Se vencer, garante vaga pra disputar sua terceira Copa do Mundo consecutiva.

Em 2014 a seleção costa-riquenha fez uma campanha histórica e memorável na Copa. Mesmo caindo no grupo da morte, ao lado de Uruguai, Itália e Inglaterra, foi líder da chave, e ainda eliminou a Grécia, caindo somente diante da Holanda, nos pênaltis, após empatar por 0 a 0.

Keylor Navas, goleiro do PSG/FRA foi um dos grandes destaques daquele time, e hoje em dia é o principal jogador da seleção. Outros nomes daquela campanha, como Bryan Ruiz, Joel Campbell e Celso Borges também compõem o elenco do selecionado.

O restante

Vale à pena mencionar também as seleções que decepcionaram. O Panamá teve uma campanha interessante, chegando a ficar confortável na quarta posição, mas perdeu força, e após participar pela primeira vez da Copa em 2018, não terá a chance de repetir a façanha em 2022.

Honduras vive um momento de renovação, e fez uma Eliminatória horrível. Sem vencer um jogo sequer, terminou na lanterna. O time jogou as Copas de 2010 e 2014, e em 2018 perdeu a repescagem intercontinental pra Austrália.

Já El Salvador, que retornou à fase final das Eliminatórias desde o ciclo pra Copa de 2010, somou dez pontos e foi vice-lanterna. A Jamaica por sua vez, nem com os atletas naturalizados – que vieram pra tentar elevar o nível do time – conseguiu uma boa campanha. Um melancólico sexto lugar nas Eliminatórias foi o destino final dos Reggae Boyz, que não jogam um mundial desde 1998.

(Capa: Reprodução/Instagram/US Soccer)

 

 

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