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Da euforia ao fracasso: os motivos para a derrocada de Matías Almeyda no San Jose Earthquakes

Com mais baixos que altos, passagem do argentino pela Major League Soccer se encerrou no começo desta semana

Após três anos e seis meses, a passagem de Matías Almeyda no comando do San Jose Earthquakes finalmente chegou ao fim nesta segunda-feira (18). A sensação é de que o trabalho realizado ficou muito aquém do que imaginava a torcida e que ambos os lados foram equivocados durante a trajetória.

Almeyda chegou ao Earthquakes em outubro de 2018, sob muitas expectativas. O argentino havia sido eleito melhor treinador daquele ano pela CONCACAF e recém-vencido a CONCACAF Champions League pelo Chivas Guadalajara/MEX.

Em 2019, sua primeira temporada como treinador da equipe, Almeyda ficou muito próximo de levar o time aos playoffs. No final de seu primeiro ano como treinador da equipe, atingiu o oitavo lugar da Conferência Oeste, sendo o primeiro clube fora da zona de classificação para, com uma diferença de quatro pontos para o sétimo, FC Dallas.

Entretanto, o ponto mais alto de sua passagem foi durante a campanha do da MLS is Back Tournament, em 2020. Com um espírito e estilo de jogo únicos na liga, o “PeladoBall Quakes”, como ficou conhecido o San Jose neste período, chegou a ser um dos queridinhos dos apaixonados por futebol naquele ano, pelo futebol caótico e aguerrido, que remetia ao que é praticado na América do Sul. 

A garra vista em campo fez o San Jose Earthquakes alcançar os Playoffs pela segunda vez desde que a equipe foi campeã da Supporters’ Shield em 2012. Embora o clube não tenha ido longe no mata-mata, eliminado pelo Sporting KC nos pênaltis logo no primeiro jogo, o treinador parecia estar contente na franquia.

Se na vida você faz o que gosta, e o faz com paixão e amor, terá menos chances de errar… Se você está no futebol amando o que faz, então existe a vontade de continuar crescendo. E crescendo acima de tudo, corrigindo seus próprios erros. Se você faz algo por obrigação, por interesse, o caminho é curto”, disse o argentino na época.

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(Reprodução/Instagram San Jose Earthquakes)

Apesar do cenário positivo para o crescimento do trabalho, foi a partir da temporada seguinte, que os atritos entre o técnico e a diretoria do clube começaram a surgir. O que parecia ser um caso de amor, gradualmente, se tornou em uma situação quase que insustentável para o ídolo do River Plate/ARG permanecer, e a saída era iminente.

A falta de investimento para a montagem de uma equipe mais qualificada é apontada como o principal motivo para o estremecimento da relação.

No final do ano passado, o treinador de 48 anos veio a público deixar claro sua vontade de buscar novos ares. Procurado por diversas seleções e equipes do mundo, incluindo o Santos/BRA, Almeyda não conseguiu convencer a diretoria do clube a liberá-lo de seu contrato, que tinha vigência até o final de 2022, e mesmo contrariado, permaneceu para o projeto da nova temporada. 

Em fevereiro deste ano, o argentino deu uma polêmica declaração, afirmando estar aguardando os 10 meses para estar livre do seu contrato com o SJ Earthquakes. Outro sinal de que o “estopim” estaria próximo, foi a recusa do treinador a falar com a imprensa estadunidense e o atendimento exclusivo apenas para jornalistas de outras partes do mundo.

Com isso, o técnico perdeu apoiadores no clube e da própria torcida. O desgaste visivelmente passou a refletir no vestiário e os resultados foram as péssimas apresentações da equipe em campo.

(Foto: Reprodução/ TyC Sports)

O caso de Matías Almeyda embora tenha diferido de outros treinadores argentinos, que também passaram recentemente pela Major League Soccer, como Guillermo Schelloto e Gabriel Heinze, também teve o mesmo final melancólico de seus compatriotas.

Almeyda deixa a franquia com três pontos conquistados em sete jogos nesta temporada, no que se qualifica no pior começo de temporada da história da franquia. Ao todo, foram 102 jogos como treinador dos Quakes: 33 vitórias, 24 empates e 45 derrotas. Um baixo aproveitamento de 39,8% sob o comando da equipe.

No comando técnico do San Jose Earthquakes para a partida desta terça-feira (19) contra o Bay Cities pela terceira fase da US Open Cup, o técnico da equipe II, Alex Covelo ficará no cargo interinamente.

Já o destino de Matías Almeyda ainda parece indefinido. A imprensa esportiva sul-americana especula que o treinador já se encontra em negociações com a Federação de Futebol do Chile para assumir o posto de treinador, mas uma volta para o Chivas, que está sem comandante, também não é descartada.

Capa: (Reprodução/ TyC Sports)

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