Tyler Adams e Tim Weah voltam às raízes em amistoso dos EUA contra a Coreia do Sul

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Dois nomes consagrados do futebol norte-americano na Europa, Tyler Adams e Tim Weah têm trajetórias distintas, mas que se cruzaram ainda na juventude em Nova York. Neste sábado, ambos retornam ao palco simbólico da sua formação: a arena hoje chamada Sports Illustrated Stadium, em Nova Jersey, para o amistoso da seleção dos EUA contra Son Heung-min e a Coreia do Sul.


Memórias de Nova York

Apesar de acumularem 94 convocações pela seleção norte-americana e carreiras em ligas de ponta, Adams e Weah nunca perderam o vínculo com suas origens.

Durante a coletiva desta semana, no centro de treinamento do New York Red Bulls, lembranças do futebol juvenil nova-iorquino vieram à tona.

“Muita gente não sabe, mas foi o Tyler quem me trouxe para a Red Bull”, contou Weah, criado entre Brooklyn e Queens.

Weah passou um ano na academia do RBNY antes de cruzar o Atlântico para o Paris Saint-Germain, onde se profissionalizou e mais tarde conquistou espaço no Lille. Hoje, veste a camisa do Olympique de Marselha.

Já Adams seguiu outro caminho: permaneceu na academia do New York Red Bulls e se consolidou como um dos maiores talentos formados pelo clube.


Rivalidade de base

Weah recordou seu tempo no Blau Weiss Gottschee, tradicional clube de Queens que revelou nomes como Jack McGlynn e Dylan Nealis.

Adams não resistiu e interrompeu a lembrança com humor:

“Nós os derrotamos. Então eu falei: ‘Tim, vem para o time bom’”.

Weah riu e rebateu:

“Nada disso, a gente matava o Red Bull naquela época. Depois de um jogo, o Tyler me chamou no Aviator, em Brooklyn, e disse para eu me juntar ao Red Bulls. Foi uma época divertida, jogávamos com Omir Fernández, Kyle Duncan… até meu primo estava lá. Bons tempos.”


O reencontro com a Red Bull Arena

O amistoso contra a Coreia do Sul terá um sabor especial. Será a primeira vez de Weah atuando no estádio que sonhava desde garoto, e o retorno de Adams ao local desde que deixou o Red Bulls rumo ao RB Leipzig em 2019.

Agora, o que era apenas sonho juvenil se transforma em um desafio real, com a seleção dos EUA em preparação para a Copa do Mundo de 2026.


EUA em busca de consistência

O ano da seleção norte-americana tem sido irregular: 6 vitórias, 5 derrotas e 1 empate, incluindo decepções na Liga das Nações da Concacaf e na Copa Ouro. Os resultados abaixo do esperado e a instabilidade fora de campo aumentaram a pressão sobre o elenco.

A Coreia do Sul, liderada por Son Heung-min, chega embalada. O astro já mostrou serviço na MLS pelo LAFC, com um gol e uma assistência em quatro jogos.

Adams não escondeu a preocupação:

“Já enfrentei Son várias vezes no Tottenham. Ele muda o jogo num instante. Seu impacto na MLS será enorme, atrai torcedores e eleva o nível da liga. No sábado, vamos precisar limitar sua influência.”


Pochettino testa elenco

O técnico Mauricio Pochettino vem reforçando a ideia de que ninguém tem vaga garantida. A convocação para o amistoso inclui novidades da MLS como Tristan Blackmon, Luca de la Torre e Cristian Roldan, chamado após brilhar na final da Copa da Liga com o Seattle Sounders.

Para o veterano zagueiro Tim Ream, do Charlotte FC, a mensagem é clara:

“As vagas estão abertas. Isso motiva todo mundo. A competição fortalece o grupo e prepara para os próximos meses.”


Disputa no ataque

Se há uma posição em aberto, é a de centroavante. Três nomes brigam diretamente:

  • Folarin Balogun – volta após longo período lesionado;

  • Josh Sargent – seis gols em cinco jogos pelo Norwich City nesta temporada;

  • Damian Downs – novato de 19 anos, recém-transferido do Colônia para o Southampton por cerca de US$ 10 milhões.

Balogun, confiante, resumiu o clima:

“Com a chegada do Mauricio, ficou claro que teríamos que competir por posições. É assim na nossa carreira toda. Com a Copa do Mundo a dez meses, cada oportunidade conta.”


Expectativa

O reencontro de Adams e Weah com suas raízes em Nova Jersey vai muito além da nostalgia. O amistoso é um teste de peso contra um adversário perigoso e serve como termômetro para a preparação rumo ao Mundial.

Entre memórias da base no Red Bulls e a disputa acirrada por vagas no elenco, a seleção dos EUA entra em campo com algo maior em jogo: provar que pode transformar talento e potencial em resultados concretos.

@rauloliveiraa
@rauloliveiraa
Sou formado em Jornalismo pela Universidade Paulista, e Pós Graduado na Anhembi Morumbi no curso Jornalismo Esportivo e Multimídias. Função - Produção Esportiva ● Coordenação de Transmissão na Copa do Mundo 2022 para rádio AM ● Coordenação de Transmissão esportiva dos principais campeonatos para AM, FM. Youtube e Rede News

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