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1500 dias: Como foi Gregg Berhalter no comando da seleção de futebol dos Estados Unidos:

Gregg Berhalter está à frente da seleção dos Estados Unidos desde a não classificação para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018

 

Após o vexame de não se classificar para a Copa do Mundo de 2018 na Rússia, em uma surpreendente derrota para a seleção de Trinidad e Tobago, por 2 a 1, o treinador Bruce Arena deu lugar para Gregg Berhalter, atual treinador da seleção dos Estados Unidos. A missão do técnico não era fácil, já que aquele jogo histórico em 10 de outubro de 2017 marcava a despedida de grandes nomes da USMNT, como Clint Dempsey, Graham Zusi e Tim Howard, então a necessidade de renovação era imediata para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 no Qatar.

Com apenas 19 anos, Christian Pulisic esteve presente como titular no fatídico confronto na Ilha de Trinidad e marcou o único gol americano, dando indícios que seria um dos grandes nomes do futuro da seleção. Nas Eliminatórias para 2018, o jovem jogou 13 partidas, marcando sete gols e com sete assistências.

Desde a mudança de treinadores, Gregg está no comando da seleção americana há quase 1500 dias, totalizando 1490 ao término do seu atual contrato que encerra no dia 31 de dezembro deste ano.

O INÍCIO

No dia 2 de fevereiro de 2018, Gregg Berhalter assina com a USMNT, após cinco anos de altos e baixos à frente do Columbus Crew da Major League Soccer. Em preparação para a Copa Ouro de 2019, a seleção americana realizou seis amistosos com três seleções da Conmebol (Chile, Equador e Venezuela) e com três seleções da Concacaf (Jamaica, Costa Rica e Panamá), saindo vitoriosa em três, um empate e duas derrotas, uma sendo de 3 a 0 para os venezuelanos.

Com nomes bem diferentes do último ciclo, ficou para o veterano Michael Bradley, jogador de duas Copas do Mundo, a responsabilidade de ser o lado experiente de uma seleção recheada de garotos, como o volante Weston McKennie, uma das revelações da Bundesliga que fez sua estreia em uma competição oficial pela seleção com apenas 20 anos. A primeira grande chance de Gregg Berhalter de mostrar suas credenciais foi na Copa Ouro de 2019. Na competição, os Estados Unidos chega a final contra o México de maneira invicta, incluindo uma goleada por 6 a 0 em Trinidad e Tobago, seu algoz de 2017. Os mexicanos, com nomes consagrados do futebol local, como Guillermo Ochoa e Guardado  venceram os garotos americanos, com um gol aos 73′ da etapa final, em um confronto difícil.

Gregg Berhalter_2019
(Gregg Berhalter conversa com o veterano Michael Bradley durante final da Copa Ouro. Reprodução/Dylan Buell/Getty Images)

GREGG BERHALTER: O AUGE E O DECLÍNIO

Sem tempo para sentir a derrota, a seleção possuía apenas três meses para se preparar para a primeira Concacaf Nations League. Com uma derrota por 3 a 0 para o México novamente e um empate de 1 a 1 com o Uruguai em amistosos, o roteiro parecia o mesmo da Copa Ouro, mas o destino reservava o imprevisível. Após três jogos da fase de grupos da competição, com destaque para a derrota para o Canadá, o futebol parou por conta da pandemia da COVID-19, assim, suspendendo a competição por quase dois anos.

Na volta do futebol, novos nomes de destaque surgiram. O versátil Giovanni Reyna estreou pela seleção com apenas 17 anos, 11 meses e 30 dias, perto de completar a maioridade. Em seus primeiros cinco jogos com a camisa da USMNT, o atacante marcou dois gols em amistosos, contra o Panamá e Irlanda do Norte, antes da fase semi-final da Nations League. Finalmente de volta, os norte americanos fizeram jogo duríssimo com Honduras e classificaram no apagar das luzes para a final esperada contra o México.

O grande momento do trabalho de Gregg Berhalter foi no dia 6 de junho de 2021, quando em um jogo emocionante a seleção americana venceu os mexicanos por 3 a 2 com gols de Reyna, McKennie e Christian Pulisic, um dos que mais sentiram a não classificação para a Copa do Mundo de 2018, de pênalti na prorrogação. O título parecia um alívio para todos do elenco, principalmente para o jogador do Chelsea/ING que celebrou tirando a camisa após o gol decisivo. Sem as estrelas do elenco, os Estados Unidos venceram novamente o México naquele ano,  conquistou a Copa Ouro de 2021, momento que marca o último de período de “lua de mel” do treinador à frente da seleção antes da Copa do Mundo de 2022.

Com os dois títulos, o principal objetivo da seleção ainda não tinha sido alcançado, que era a volta para o Mundial da FIFA. Durantes as Eliminatórias,  os problemas estruturais graves do time americano foram aparecendo logo no primeiro jogo, contra El Salvador. Em um jogo apático, a equipe apenas empatou com o salvadorenhos, com muita dificuldade de criação ofensiva. A presença de um “nove” no ataque dos Estados Unidos parecia ser o que faltava para o time engrenar e encaminhar a classificação logo nas primeiras rodadas. Após mais um empate, desta vez contra o Canadá, a revelação da MLS, Ricardo Pepi, marcou três gols nos seus dois primeiros jogos pela seleção como titular, porém a instabilidade ofensiva e as dificuldades apresentadas persistiram durante toda a competição, com os americanos com riscos reais de ficarem mais uma vez fora de uma Copa. Com os adversários do Octagonal sem forças para manter uma boa sequência de resultados, mesmo com a derrota no último jogo para a Costa Rica por 2 a 0, o USMNT se classificou de forma direta para o mundial do Qatar na terceira colocação.

Estados Unidos não conseguiu repetir as boas atuações da Nations League nas Eliminatórias
(Estados Unidos não conseguiu repetir as boas atuações da Nations League nas Eliminatórias Reprodução/Twitter CONCACAF Nations League)

SELEÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS NA COPA DO MUNDO DO CATAR. UM POSSÍVEL FIM?

Antes de desembarcar no Qatar, o clima de desconfiança e o medo de um vexame no Mundial já pairava no ar estadunidense.  A ausência de Miles Robinson, com uma lesão no tendão de Aquiles em maio, a não convocação do goleiro Zack Steffen e do centro avante Ricardo Pepi, agora no futebol europeu, por opção técnica foram uma grande surpresa.

No grupo B com Inglaterra, Irã e País de Gales, os Estados Unidos tinham na sua frente uma missão difícil de avança para as oitavas de final e não terminar em último lugar. A estreia contra Gales surpreendeu e a falta de experiência dos jogadores da defesa impediram a estreia com vitória, após um pênalti cometido por Walker Zimmerman  em Gareth Bale, o mesmo que converteu a cobrança, terminando o jogo apenas empatado por 1 a 1, com Timothy Weah marcando para os americanos.

A partida contra a favorita Inglaterra e o rival Irã, mais uma vez deixaram uma boa impressão do “soccer” para o mundo. Com um empate sem gols, mas com amplo domínio estadunidense, com bola na trave na etapa inicial, a seleção não venceu os ingleses. No último confronto do grupo, cercado por tensões políticas, após um post no Instagram oficial da seleção, com gol salvador do americano da estrela Christian Pulisic, sacramentando a classificação em segundo do grupo para as oitavas com o 1 a 0, para encarar a Holanda.

Contra a seleção holandesa, os problemas que perseguiram Gregg Berhalter em toda a Eliminatórias voltaram a aparecer no momento crucial da Copa. Com muita dificuldade de marcar gols, a falta de material humano para implementar seu estilo de jogo de posse de bola e ligação dos zagueiros par ao ataque, a USMNT foi eliminada para a Holanda por 3 a 1 e se despediu com o treinador em alta no mercado por conta da fase d grupos, mas também com muitas críticas pela falta de opção no banco de reservas e da pouca utilização de Giovanni Reyna.

Segundo a ESPN Americanaa discussão de um novo contrato com o treinador pode estar comprometida, já que Gregg Berhalter avalia uma possível mudança de ares para a Europa. Ao todo, Gregg comandou a seleção dos Estados Unidos em 61 oportunidades, com 37 vitórias, 13 empates e 11 derrotas.

 

 

(Capa/Instagram USMNT)

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