domingo, dezembro 22, 2024
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Opinião: A MLS e seus vexames estão de volta

Pedro Luis Cuenca reflete sobre o desempenho das equipes da nas oitavas de final da Concachampions 

Caro leitor, você lembra de quando os times da passavam vergonha na Champions League? Pois é, ainda que diante de times mexicanos mais fortes, sempre vinha aquela dolorida derrota que machucava o ímpeto vencedor que a liga tentava passar a todos. No ano passado, o título impecável do Seattle Sounders fez tudo mudar de patamar… até chegarmos em 2023, claro.

É bem verdade que três dos cinco times da MLS se classificaram para a próxima fase, de quartas de final, da Concachampions. Mas se falarmos a real, poucos mereceram sinceros elogios depois dos dois jogos eliminatórios: e Orlando City.

Com time misto na ida, o Philadelphia conseguiu um digno empate sem gols com o Alianza. Na volta, quase completo, não deu chances e atropelou, com direito a goleada e sem dar qualquer tipo de chance para o rival. Como time favorito dentro da MLS, mostrou que deseja ambições maiores e não decepcionou.

O Orlando City deu azar no sorteio e caiu contra o mexicano Tigres. Diante de uma equipe mais forte, encarou um caldeirão fora de casa e segurou o resultado. Na volta, saiu atrás do placar, segurou uma pressão com grande atuação de Gallese e ainda achou o empate no fim. Não foi suficiente para classificar, por conta do critério de desempate, mas o time americano mostrou brio em campo diante de uma equipe mais forte. No fim, mereceu aplausos.

Outro que classificou foi o Vancouver Whitecaps. A partida de ida, em casa, foi impiedosa ao golear o Real España por 5 a 0. Na volta, mais relaxado e em um jogo chato de dar sono, até brigou bastante, mas perdeu por 3 a 2. Não fez feio, mas poderia ter passado sem essa derrota boba fora de casa.

Por fim, os vexames. Vamos começar pelo , que passou com mais sorte do que juízo. Na ida, vitória fora de casa por 3 a 0 contra a Alajuelense. Na volta, dois gols – um no início de cada tempo – ligaram o sinal de alerta. O desastre quase foi consumado, mas um gol salvador de Carlos Vela devolveu a paz no BMO Stadium. Uma mistura de preguiça com soberba quase causou a eliminação do time que é bom, é forte e pode brigar pelo título da Concachampions desde que volte a jogar o torneio com seriedade.

E o Austin, hein? Fora de casa, levou uma equipe totalmente reserva e perdeu de 3 a 0 para o frágil Violette, do Haiti –  que nem estava jogando em seu país. Na volta, mesmo com o adversário totalmente desfalcado, empilhou chances perdidas e só conseguiu vencer por 2 a 0. Insuficiente, claro, para sequer levar o jogo para a disputa de pênaltis. Ainda que existam reclamações sobre a arbitragem, o futebol mostrado pelos texanos foi pobre e o vexame se consumou.

MLS
O frágil Violette eliminou Austin e surpreendeu o mundo do futebol. (Reprodução/Concacaf)

A partir de agora, não há mais espaço para brincadeiras ou deslizes. Ou os times da MLS acordam e mostram que o milionário investimento está rendendo algo, ou o título de 2022 de Seattle vai parecer cada vez mais um acidente no meio do caminho.

(Capa: Reprodução/Concacaf)

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