O Orlando Pride anunciou na última segunda-feira (22), que não irá participar da ”NWSL Challenge Cup”, uma competição paralela e em sede única criada pela National Women’s Soccer League para preencher o calendário enquanto ainda não é possível que cada equipe jogue em seu estádio, devido a Pandemia do Novo Coronavírus. Esta decisão ocorreu porque cinco jogadoras do elenco do time da Flórida testaram positivo para o COVID-19. Porém, de acordo com o jornal americano ”The Equalizer”, em matéria escrita por Jeff Kassouf, novos testes foram realizados com todo o elenco da franquia na terça-feira (23) e as cinco jogadoras que antes foram diagnosticadas com o vírus agora testaram negativo, o que expõe a dúvida primordial da consistência e qualidade desses testes para sustentarem uma volta do Soccer no país em meio a um ainda grande número de casos da doença.
Neste sentido, apesar de o clube ainda esperar por fazer uma terceira jornada de testes, que tirarão quaisquer dúvidas sobre o desenvolvimento da doença nessas atletas, este fato traz criticas a volta abrupta do futebol no país, tanto com a NWSL quanto com a MLS e USL, afinal não é claro para a mídia, muito menos para os fãs, como são esses testes especificamente, como nos casos que poderiam a vir precisar, por exemplo, de uma terceira rodada de novas testagens, o que aconteceria com a estruturação do calendário da liga, já que teremos enfrentamentos em um espaço curto de tempo, e mais: como ficariam as outras jogadoras de um determinado time que eventualmente poderiam estar com o vírus e não saberem, pelo comportamento do vírus e também pela inconsistência desses testes, que talvez mascarem uma real condição de saúde?
Somente por esses questionamentos, embasados a outros que já existiam antes mesmo do caso com as jogadoras do Orlando Pride, fica claro que o futebol neste estágio, não deveria nem sequer cogitar uma volta, quanto mais realizar as competições, como vai acontecer. Isso porque jogadoras(es) estarão submetendo-se ao perigo de uma doença que não existem remédios comprovadamente eficazes e muito menos vacinas capazes de imunização, e essas(es) atletas, apesar do histórico e do que certas figuras públicas dizem, não são imunes, muito menos seus familiares, que com essa insegurança de testes também estariam expostos até mesmo depois das competições em sedes únicas acabarem.
Fica certamente o maior questionamento possível, depois de todos esses fatos que colocados para o leitor, o que vale mais para as pessoas que mandam no futebol no país: competições secundárias, criadas somente para preencher um calendário até que as partidas que de fato relevantes historicamente voltem e que também não teriam um grande apelo comercial para que se possa usar o argumento da necessidade financeira? Ou isso ou a segurança sanitária de pessoas, que em quantidade vão além de somente as jogadoras(es), mas incluem grandes staffs de logística, que por sua vez também tem relações com outras pessoas, que não se incluem neste meio. O que é mais importante?
P.S: A NWSL está acompanhando de perto o desenvolvimento do caso com as jogadoras, mas, segundo a mesma matéria no ”The Equalizer”, é improvável a volta do Orlando Pride a competição.
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