InícioColunasOrlando iniciou processo silencioso em 2018 para surpreender em 2020

Orlando iniciou processo silencioso em 2018 para surpreender em 2020

Dos jogadores que estiveram no Orlando em 2020, 16 atletas compunham os elencos que, entre 2018 e 2019, venceram apenas 17 partidas em 68 disputadas.

Chris Mueller foi selecionado no Draft em 2018 e se tornou peça chave da equipe dois anos depois. (Imago Images)

Aprender com as derrotas é algo que é ensinado como sendo fundamental para a evolução de qualquer pessoa ou instituição. O futebol, por mais que as vezes possa não parecer, também é feito por seres humanos e aprender com as derrotas é fundamental.

O ano de 2020 ensinou aos fãs da MLS pelo mundo que ter paciência é fundamental. Algo que os americanos sabem bem, uma vez que nos esportes do país não existe rebaixamento, os trabalhos são duradouros e as torcidas acompanham o time durante um ciclo de derrotas inteiro, que as vezes pode levar tempo, esperando que dias melhores virão. E eles sempre vem.

O exemplo mais clássico disso é o Chicago Bulls, da NBA, que foi avassalador nos anos 90 e hoje está sempre nas últimas posições. A franquia e a torcida sabem que esse momento vai passar e o time, em breve, voltará a ser competitivo.

Para o Orlando City, o ano de 2020 foi a demonstração de que toda a espera dos torcedores e da diretoria valeram a pena. Após estrear em 2015 de forma digna, ficando fora do mata-mata por uma vitória, o time foi definhando, ano após ano, tendo campanhas cada vez piores.

O que poucos perceberam foi que, ao longo dos últimos três anos, o Orlando City montou a base do time competitivo que apresentou em 2020. Em 2018, o time contava com Uri Rosell, então vindo do futebol português e assinou com Chris Mueller, autor de 10 gols na temporada 2020.

Na temporada passada, outros 14 jogadores do elenco atual desembarcaram em Orlando. Entre eles, o capitão Nani, o xerife da zaga Jansson e o maestro uruguaio Mauricio Pereyra.

Dos jogadores que estiveram no elenco neste ano, 16 atletas compunham os elencos que, entre 2018 e 2019, venceram apenas 17 partidas em 68 disputadas! Se houvesse algum imediatismo por parte dos dirigentes, quantos deles teriam continuado na equipe?

O capitão Nani não é o mesmo jogador de outros tempos, mas mesmo assim esteve presente no fracasso de 2019 e no relativo sucesso de 2020. (Imago Images)

Mostrando que vinha absorvendo as pancadas e aprendendo com as derrotas, o Orlando City olhou para seu elenco e apenas complementou o que tinha de bom, apesar de muita gente achar o trabalho era péssimo e que deveria ser totalmente descartado e reiniciado.

Não era! O Orlando City estava em processo de construção, mas os críticos e adeptos de imediatismo não conseguiram enxergar.

Mas é claro que, para ser campeão, muito ainda precisa ser feito. O time de 2020 é bom, competitivo e poderia ter sido campeão da MLS Cup e do MLS is Back. Contratar o colombiano Óscar Pareja, de boa passagem pelo FC Dallas, foi um grande movimento. Alguns detalhes, como o fator psicológico, ainda deixaram a desejar. Mas a franquia está no caminho para, no futuro, conquistar o primeiro título de sua história.

PRINCIPAIS TRANSFERÊNCIAS ENTRE 2018 E 2020

2018
Mueller – Superdraft
Uri Rosell 

2019

K.Miller – Superdraft
Akindele
J.Moutinho
Greg Ranjitsingh
K.Smith
Jhegson Méndez
Benji Michel
Alex DeJohn
Nani
Rowe
Jansson
Robinho
Pereyra
Ruan

2020

Dike – Superdraft
DeZart – Superdraft
Júnior Urso
Gallese
M.Aiás
Perea
Schlegel
A.Carlos
Alvarado

(Capa:Imago Images)

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