InícioColunasTMLS Scout: derrocada da seleção olímpica começou na estreia

TMLS Scout: derrocada da seleção olímpica começou na estreia

Na análise do nosso analista Matheus Mendes, confira como a seleção americana teve dificuldades contra a Costa Rica e demonstrou fragilidade, mesmo vencendo a partida

Na última quinta-feira (18), a seleção americana venceu a Costa Rica pelo placar de 1 a 0 em confronto válido pelo Grupo A do torneio Pré-olímpico da Concacaf. Confira a análise de todas as movimentações do jogo incluindo os aspectos técnicos e táticos.

PRIMEIRO TEMPO

A primeira etapa da partida entre Estados Unidos (EUA) e Costa Rica foi disputada. No entanto, faltou criatividade aos jogadores. A equipe americana começou a partida pressionando a saída de bola do goleiro adversário e recuando suas linhas de marcação conforme a progressão adversária. Em determinados momentos, arriscou uma pressão na defesa quando se era observada uma fragilidade da mesma. Além disso, conseguiu uma grande chance logo no início da partida em uma falha defensiva da Costa Rica mas a bola parou na trave. Já aos 16′ minutos, foi a vez dos EUA devolver a chance para a Costa Rica, que também não soube aproveitar.

O jogou foi caracterizado por ambas as equipes com bastante dificuldades em progredir com a bola a partir de seu campo defensivo buscando os lançamentos para o lado de campo como alternativa à falta de opções que seus volantes apresentavam para a saída de bola.

No time americano, além dos meias avançados não se apresentarem tanto para a saída, Aaron Herrera ficava muito avançado, como um ponta, mesmo quando a bola estava em posse dos zagueiros dificultando a movimentação de bola de um lado para o outro. Com isso, os zagueiros foram obrigados a chutar a bola para a frente sem uma direção definida.

Já a equipe da Costa Rica pouco criou e tentou aproveitar os erros da defesa adversária que não foram poucos.

Na foto abaixo observamos a pressão americana na saída de bola da Costa Rica, no início de jogo, com os três atacantes e os dois meias avançados.

A foto acima mostra a desorganização dos americanos quando tinham a posse na defesa, com o lateral direito avançado (nem aparece na foto) sem dar a opção pelo lado de campo e com os meias a frente. No lance em específico, o passe foi mal feito e interceptado pela Costa Rica.

ANÁLISE DO GOL DA VITÓRIA DOS EUA

O único gol da equipe saiu em um dos poucos momentos em que os zagueiros americanos progrediram com a bola para o campo de ataque.

Após o passe de Pineda para Vines, o lateral direito Costa Riquenho recua para interceptar um possível passe para Lewis e não avança para interceptar Vines, que tem liberdade para dominar, avançar e cruzar para o gol de Jesus Ferreira.

No lance do gol, também podemos observar como a transição defensiva de uma equipe é fundamental para o sucesso dela. E um conjunto de 11 jogadores, todos devem ter a consciência de defender a todo momento enquanto não tiver a bola e não acreditar que sempre haverá cobertura. Na foto abaixo, observamos que após o passe entrar no lateral-esquerdo Vines, um dos jogadores costa-riquenhos não acompanha o adversário e deixa uma situação na área de inferioridade numérica (três atacantes para dois defensores).

SEGUNDO TEMPO 

Na segunda etapa, A Costa Rica começou tomando as ações e iniciativas normais de um time que está atrás do placar. Randall Leal, camisa 10 costa-riquenho, seguiu muito participativo no jogo e criou a chance mais perigosa no começo da segunda etapa. Os EUA seguiram um pouco desorganizados quando não tinham a bola com os atacantes pressionando sem o apoio dos jogadores de trás, isso abriu espaços para a criação adversária.

Apesar da posse ser maior da Costa Rica, foram os Estados Unidos que tiveram as melhores chances da segunda etapa, duas com Jesus Ferreira, que finalizou mal em ambas as oportunidades, no entanto, no final do segundo tempo a Costa Rica conseguiu uma bola na trave após escanteio assustando os EUA, contudo, o lance estava em situação irregular.

Saída de bola americana normalmente se dava com os dois laterais avançados e marcados sem dar opção de passe para os zagueiros. Forçando um passe pelo meio no qual os meias estavam bem marcados. Nesse lance em específico ocorre a perda da posse de bola, mostrando a fragilidade do setor defensivo americano em sair jogando a partir do goleiro.

O JOGO

Ao final, o jogo se mostrou bem equilibrado do começo ao fim da partida, em que cada equipe teve pequenos momentos de perigo. Num primeiro tempo em que a equipe americana foi superior e aproveitou a chance que teve. Já na segunda etapa, a Costa Rica teve a posse, criou pouco e não conseguiu o empate.

Apesar das substituições, as equipes não conseguiram melhorar seu rendimento, por mais que Saucedo pelo lado americano e Montenegro do lado costa-riquenho tentassem, não foi suficiente. Alguns fatores podem ter contribuído para a falta de criatividade e tantos erros de passes, são eles a falta de entrosamento dos atletas além de ter sido o primeiro jogo qualificatório para as Olimpíadas.

(Capa: Reprodução/Twitter Território MLS)

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