Na última quarta-feira (30), o San Diego Loyal vencia o Phoenix Rising por 3 a 1 quando decidiu abandonar a partida em protesto contra a expulsão de Collin Martin, jogador assumidamente homossexual, que se revoltou com uma possível ofensa homofóbica proferida pelo atacante do Phoenix, Junior Flemmings.
O abandono chamou à atenção e não poderia ser diferente. A imprensa mundial abordou o assunto e a United Soccer League (USL) abriu um processo para investigar o ocorrido.
A investigação da liga, atual segunda divisão americana, continua e ainda não teve uma conclusão. O Phoenix Rising, no entanto, já tomou algumas providências. Em comunicado oficial, o clube, que tem Didier Drogba como um dos donos, revelou que o atacante Flemmings e o técnico Rick Schantz entraram em “licença administrativa” até a conclusão do caso.
O afastamento de Junior Flemmings, acusado de ter proferido ofensas homofóbicas contra Martin, era esperado e o jogador aguarda julgamento por parte da USL. Por meio de suas redes sociais, o atacante, que marcou 14 gols em 15 jogos na temporada, negou ter sido preconceituoso contra Martin.
O técnico Rick Schantz, por sua vez, não é alvo de investigações oficiais por parte da liga, mas foi severamente criticado ao ser flagrado pelas cameras tentando diminuir a gravidade do assunto. Rick chegou à dizer ao técnico Landon Donovan frases como: “Há quanto tempo você joga futebol?”, dando a entender que o que havia acontecido era algo “normal” dentro de campo. Após a partida, Schantz negou que tenha sido essa a intenção de suas palavras.
Nos próximos dias a United Soccer League deve se pronunciar oficialmente à respeito do caso. Neste sábado e domingo (3 e 4), a liga vive a última rodada de sua temporada regular. O Loyal já está eliminado. O Phoenix, por sua vez, tem vaga assegurada aos playoffs.
(Capa: Getty Images)