O Nashville chegou muito bem na Major League Soccer, e uma análise sobre esse grande início da equipe é bastante válida
Quem acompanha a Major League Soccer sabe que a liga é formada por franquias, assim como nos esportes americanos. E sabe também que ao longo dos últimos anos, a MLS se expandiu e vários times novos apareceram. Orlando City, New York City, Atlanta United, Minnesota United e Los Angeles FC são alguns exemplos.
Mas o time que será assunto desta coluna iniciou sua trajetória na principal liga de futebol dos EUA em 2020. Estamos falando do Nashville SC. A equipe que está apenas em sua segunda temporada na MLS já se mostra bastante sólida e competitiva. E isso não é uma tarefa fácil de ser feita desde já.
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O Nashville, em sua temporada de estreia na Major League Soccer, marcou 32 pontos e terminou na sétima posição da Conferência Leste, garantindo vaga nos playoffs. Não bastasse isso, o time do Tennessee deixou Inter Miami e o Toronto FC, então atual vice-campeão da liga, pra trás, e só caiu na semifinal de conferência pro Columbus Crew, que venceria aquela edição.
Passado 2020, a dúvida era se o Nashville continuaria a ser um time competitivo. E 2021 veio pra mostrar que sim. Atualmente, o Nashville é vice-líder da Conferência Leste, com 47 pontos ganhos, e virtualmente classificado pros playoffs.
O feito do Nashville se torna ainda mais marcante quando se percebe o início desastroso do FC Cincinnati e as dificuldades de Inter Miami e Austin FC em seus primeiros passos na liga.
E os resultados positivos do time comandado por Gary Smith passam por uma montagem de elenco sóbria e certeira. O Nashville conseguiu montar uma equipe qualificada e equilibrada sem gastar muito, dispondo de jogadores interessantes em várias posições.
Ao contrário do que fez o Austin FC ao trazer Driussi, o Inter Miami quando comprou Rodolfo Pizarro (Higuaín e Matuidi são jogadores caros em termos de salário, mas o assunto aqui é valor de compra, e ambos vieram de graça), ou o Cincinnati ao comprar Brenner, o Nashville fez seus melhores jogadores chegarem a um custo bem baixo.
Walker Zimmermann, jogador da seleção dos Estados Unidos e aclamado por muitos como melhor zagueiro da liga, custou cerca de €1,14 milhão, ao passo que o meia alemão Hany Mukhtar custou € 2,7 milhões. Pra efeito de comparação, Rodolfo Pizarro, dono de um desempenho considerado bem abaixo das expectativas, custou € 10,9 milhões ao Inter Miami.
A austeridade nos gastos fez do Nashville um time equilibrado. Nenhum chegou lá com um status de craque badalado (a não ser Zimmermann, que pra sua posição e pro nível da liga é acima da média), mas não faltam nomes pra serem destacados.
O bom goleiro Joe Willis, que ao lado do próprio Zimermann é um pilar da forte defesa do time, o ótimo McCarthy, experiente volante fundamental pra equipe, além do meia Mukhtar, que faz ótima temporada, com 13 gols e 8 assistências em 23 jogos.
E vale uma menção honrosa pra nomes como o zagueiro Romney, o lateral Lovitz, o volante Godoy e o centroavante Sapong. Jogadores de baixíssimo custo, que não são donos de um desempenho extraordinário, mas que mantém uma regularidade, além de possuírem experiência e rodagem na MLS.
O fato é que o Nashville mostra um nível muito interessante. Além de ter um início de trajetória bem promissor. A competitividade dentro de campo, que por sua vez é fruto de uma boa administração fora dele, além da sua torcida, são motivos plausíveis para acreditar em dias de glória pros lados da “cidade da música”.
(Capa: Reprodução/Twitter Nashville SC)