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RETROSPECTIVA! Confira como foi a temporada do soccer nos Estados Unidos

A 25ª e histórica temporada da Major League Soccer chegou cheia de novidades. Em uma gelada noite de quarta-feira (5) de fevereiro, a liga organizou um evento em Nova Iorque para o lançamento dos novos uniformes que vestiriam as 26 equipes, incluindo os novatos Inter Miami, que tem o astro inglês David Beckham entre um de seus proprietários e o Nashville SC, do Tennessee.

A festa contou com a participação do YouTuber Tyler “Ninja” Blevins, DeAndre Hopkins, destaque do então Houston Texans, além da presença de jogadores consagrados dentro da MLS como Alexi Lalas e Jaime Moreno. Curiosamente, apenas o Chicago Fire não teve uma camisa produzida com o template criado pela Adidas, fornecedora oficial de material esportivo de todos os clubes da liga. 

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Novas camisas para a 25a temporada da MLS agradaram. (Reprodução/MLS)

Mal começou e teve que parar

No último dia de fevereiro, a MLS deu início à temporada regular com o DC United sendo surpreendido pelo Colorado Rapids, por 2 a 1, dentro do Audi Field. Mas, quando ainda estava apenas em sua segunda semana, a pandemia causada pela COVID-19 fez com que o mundo colocasse o pé no freio nas relações humanas, adotando medidas restritivas, devido à facilidade de transmissão da doença causada pelo novo coronavírus e, por consequência, provocando a suspensão de todos os jogos da liga.

Retomada

Após um hiato de quatro meses, o soccer voltaria à ativa nos Estados Unidos, primeiramente com a Challenge Cup é depois com a MLS anunciando a criação do “”, uma competição desenvolvida no mesmo formato de Copa do Mundo, marcada para acontecer em uma “bolha”, na cidade de Orlando, na Flórida. Todas as equipes ficariam hospedadas em hotéis do complexo da Disney e as partidas seriam disputadas no ESPN Wide World of Sports, área que pode receber diversas competições esportivas. Vale ressaltar que a MLS foi a terceira liga a retomar suas atividades em meio à pandemia no país, atrás apenas da NWSL e da NHL (hóquei).

As notas tristes foram as saídas do FC Dallas e Nashville SC do torneio. Enfrentando surtos de casos da COVID-19, as duas equipes não puderam participar da competição, mas a preocupação com a saúde de seus jogadores e estafe era mais importante, obviamente. 

Outro ponto que merece destaque foram as manifestações políticas antes das partidas, com diversos jogadores se ajoelhando, de punho em riste, na onda de protestos contra o racismo sistêmico e a violência policial contra a população negra nos Estados Unidos.

Supresa

Em campo, pode-se dizer que o MLS is Back foi um sucesso. Com partidas acontecendo quase todos os dias, por um mês, a competição presenciou a ascensão do Orlando City, que não aparecia na lista dos favoritos para vencer o torneio, mas que, sob a batuta do atacante português Naní, foi eliminando equipes favoritas durante o caminho até a final, disputada contra o Portland Timbers. 

A franquia de Oregon, outra que não constava como favorita, contou com a qualidade da dupla Diego Valeri e Sebastian Blanco paravencer a partida decisiva por 2 a 1, garantindo o título inédito para os Timbers. 

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Portland Timbers conquistou a MLS is Back e levou o trófeu para o Oregon. (Reprodução/Portland Timbers)

Em termos individuais, a competição foi importante para dar mais visibilidade para nomes como Diego Rossi, artilheiro do torneio com sete gols marcados, estrela maior de um LAFC que não contou com Carlos Vela, que decidiu não participar por conta da gravidez de sua esposa, Ayo Akinola, rápido e forte atacante do Toronto FC, autor de cinco tentos e que não deixou a torcida do clube canadense sentir a falta de Jozy Altidore, baixa do Toronto por problemas físicos. 

Continuação

Quando a temporada regular recomeçou, com as equipes voltando a atuar em seus domínios, a MLS teve que reprogramar as partidas, evitando que os times se deslocassem de costa a costa. Houve a necessidade de alojar os clubes canadenses que, novamente por causa da COVID-19 e o fechamento das fronteiras entre Estados Unidos e Canadá, precisaram disputar seus compromissos longe de casas.

Enquanto isso, na Championship, segunda divisão, algumas equipes conseguiam liberação para jogar com público em seus estádios, com capacidade reduzida, algo inédito em quase todo o mundo até então. O Louisville City foi a primeira equipe a conseguir tal feito e inaugurou, com público, seu novo estádio no dia 12 de julho. 

Na MLS, pela Conferência Leste, o Philadelphia Union se sobressaiu em campo, conquistando uma série inédita de nove triunfos seguidos atuando no Subaru Park. No total, o Union somou 47 pontos e garantiu o primeiro Supporter’s Shield de sua hitória, com média de 2.04 pontos por partida, mecanismo que a liga se viu obrigada a adotar para equilibrar a classificação, visto que os números de jogos disputados variou entre os clubes. O próprio Union, por exemplo, entrou em campo 23 vezes, enquanto o Colorado Rapids só realizou 18 partidas.

Já na Conferência Oeste, a disputa só foi definida na última semana da temporada regular. Por coincidência do destino, , Seattle Sounders e Portland Timbers terminaram empatadas, com 39 pontos, mas com o SKC levando vantagem na média de pontos por jogo, com 1.86, contra 1.77 dos Sounders e 1.70 dos Timbers.

Hora decisiva

Quando os playoffs começaram, Seattle Sounders e Columbus Crew venceram suas respectivas conferências e avançaram para a disputa da MLS Cup, que aconteceria no MAPFRE Stadium, casa do Crew, que teve desempenho melhor na fase de classificação e, por isso, garantiu o direito de decidir o título em seus domínios. 

Antes de falarmos da finalíssima, vale ressaltar a incrível disputa de pênaltis entre Orlando City e o New York City FC, que contou com erro na contagem das penalidades, goleiro do City expulso e seu reserva imediato impedido de entrar em campo por uma regra pouco conhecida da público em geral e, para a supresa de todos, o belo desempenho de um zagueiro, escolhido na ocasião para defender a meta dos Lions. 

Na MLS Cup, o Columbus Crew não deu chances ao Seattle Sounders e conquistou a taça pela segunda vez em sua história. Comandados pelo maestro argentino Lucas Zelarayan, autor de dois gols, o Crew foi supremo durante os noventa minutos. Com 3 a 0 no marcador, o título ficava em boas mãos. 

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Em apenas sua primeira temporada, o argentino Lucas Zelarayn entrou para a história do Columbus Crew. (Reprodução/MLS)

Ficou no quase

Também marcada para acontecer em Orlando, mas desta vez no Exploria Stadium, casa dos Lions, a realizou a continuação da CONCACAF Champions League. Em formato de partida única, apenas o LAFC obteve sucesso entre as equipes da MLS, eliminando em sequência Cruz Azul e América, antes de fazer a final contra o Tigres, todos clubes mexicanos. É preciso destacar que, ainda na fase anterior à retomada do torneio, os californianos já haviam sacado o León, que, posteriormente, viria a ser campeão do Torneio Apertura, no México. 

O jogo entre LAFC e o Tigres foi disputado de forma equilibrada até a marcação do gol de Diego Rossi, que abriu o placar. Com a vantagem de 1 a 0, os comandados de Bob Bradley não resistiram aos avanços do Tigres. Contando com boa atuação do ídolo Andre-Pierre Gignac, os mexicanos viraram o marcador para 2 a 1, com Gignac deixando sua marca já próximo do apito final para garantir o inédito título para o Tigres. 

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Diego Rossi abriu o placar para o LAFC, mas o ataque parou de funcionar depois do gol e equipe cedeu a virada para o Tigres. (Reprodução/MLS)

(Capa: Reprodução/Twitter/MLS)

@GdeGustavo83
@GdeGustavo83
Jornalista, moro nos Estados Unidos desde 2006. Gosto de viajar com a família, conhecer estádios e arenas. MLS é o futuro e eu posso provar!
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