Opinião TMLS: O fantasma das quartas do Mundial é real para os mexicanos

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Em matéria anterior, já abordou-se com estatísticas as participações dos clubes mexicanos no mundial além dos enfrentamentos contra clubes da UEFA, Conmebol e outras federações.

Agora, as vésperas do duelo do Tigres/MEX diante do Ulsan Hyundai/COR, é hora de relembrarmos cada uma das eliminações precoces dos clubes mexicanos no Mundial de Clubes da FIFA.

A PRIMEIRA DECEPÇÃO: PACHUCA 2007

É importante darmos o panorama do que era o Pachuca/MEX em 2007: Os Tuzos eram o time da moda no México, o grande time da década 2001-2010 junto com o Toluca/MEX. O Pachuca vinha enfileirando títulos em 2006 e 2007 com dois campeonatos mexicanos, a Concachampions e uma Copa Sul-americana.

A expectativa era gigantesca, já que o Pachuca estava na chave da equipe campeã da Libertadores, à época o Boca Juniors/ARG, porém veio cedo a primeira decepção do México no Mundial, em jogo amarrado, o Étoile Du Sahel/TUN achou seu gol aos 85′ e conseguiu o feito até então inédito.

BRASILEIROS, NÃO FOI POR FALTA DE AVISO: PACHUCA 2010

O Pachuca tinha superado o fantasma de 2007 com a classificação as semifinais na edição de 2008, porém a segunda eliminação precoce dos mexicanos também é do clube alviazul.

O Pachuca tinha parado sua onda de títulos em 2007 mas voltou a vencer a Concachampions 2009/10 e novamente as expectativas eram altas já que estava na chave do campeão da Libertadores, que era o Internacional/BRA, porém estamos falando do Mundial de 2010 e a lembrança é inevitável: TP Mazembe/RDC que fez dos Tuzos sua primeira vítima antes de eliminar o colorado gaúcho.

A CONSOLIDAÇÃO DA MALDIÇÃO: MONTERREY 2011

O futebol mexicano tem uma histórica maldição em copas do mundo de seleções, e agora encontra um novo problema em mundiais, só que agora de clubes – A dificuldade em alcançar as semifinais.

O Monterrey/MEX era um super time, também vinha de uma sequência de títulos desde 2009 comandados pelo técnico Vucetich e agora conquistava sua primeira Concachampions. As expectativas de enfrentar o Santos/BRA de Neymar foram devidamente destruídas após uma eliminação dramática para o Kashiwa Reysol/JAP nas penalidades.

BRASILEIROS, NÃO FOI POR FALTA DE AVISO 2.0: MONTERREY 2013

O Monterrey chegava com a experiência da eliminação em 2011 e a classificação de 2012 as semifinais, eram tricampeões consecutivos da Concacaf com vários pilares mantidos como o técnico Vucetich e o atacante chileno Humberto Suazo

Mas assim como aquele Pachuca de 2010, os Rayados voltaram a fraquejar e caíram na prorrogação para o representante do país mandante – O Raja Casablanca/MAR que com sua torcida empurrando, possivelmente protagonizou uma das festas mais bonitas da história da competição ao também passarem pelo Atlético Mineiro/BRA.

OS GIGANTES TAMBÉM CAEM: AMÉRICA 2015

As Águilas também vinham em uma sequência de títulos e tinham as expectativas de avançar e enfrentar o Barcelona/ESP nas semifinais, quase que uma revanche já que esse mesmo confronto aconteceu no Mundial de 2007, com vitória de quatro a zero para os espanhóis.

Faltava combinar com o chineses e dessa vez, a equipe azulcrema caiu prematuramente para o rico Guangzhou Evergrande/CHN e com requintes de crueldade – A derrota foi de virada e com gol do brasileiro Paulinho, ex-Corinthians/BRA já nos acréscimos.

O FUNDO DO POÇO: CHIVAS 2018

Depois de quase dez anos, o México voltou a se classificar para as semifinais em duas edições seguidas, América em 2016 e Pachuca em 2017, porém quando se menos esperava, veio o golpe mais pesado de todos.

Não é segredo para ninguém o tamanho do Chivas Guadalajara/MEX, porém é um clube que teve grande parte de suas glórias nos anos 60, de lá pra cá segue ganhando títulos porém convive com alguns jejuns incômodos. Após mais de dez anos sem títulos significativos, o Rebaño Sagrado chegava ao mundial com a dobradinha título de Liga MX e título de Concachampions, comandados por Matías Almeyda.

Contudo, ao Chivas não bastou a eliminação nas quartas-de-final em jogo disputadíssimo diante do Kashima Antlers/JPN, como também a derrota, nos pênaltis, na decisão do 5º lugar para o Espérance Tunis/TUN, amargando um 6º lugar catastrófico para o futebol mexicano e até então inédito já que nunca haviam perdido este confronto de 5º lugar.

PARA SEGUIR ESPANTANDO O FANTASMA

Cabe ao Tigres, estreante na competição a esperança de avançar e por que não se apegar aos exemplos de equipes mexicanas que fizeram grandes mundiais como: Necaxa em 2000, Atlante em 2008, Pachuca em 2017 e Monterrey em 2019. Com exceção do Chivas em 2018, o desempenho dos mexicanos vem melhorando e pode ser a hora do Tigres fazer história.

Capa: Reprodução/ Twitter Club Tigres)