Insigne, Shaqiri e Douglas Costa: A Major League Soccer quebra mais um paradigma – Opinião TMLS

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(Reprodução/Instagram Chicago Fire)

A Major League Soccer segue rompendo barreiras rumo aos seus objetivos 

O Los Angeles Galaxy anunciou nesta quinta-feira (10)  a contratação do atacante Douglas Costa.  Na última quarta-feira (9), tinha sido a vez do Chicago Fire anunciar Xerdan Shaqiri, jogador do Lyon/FRA e craque da seleção da Suíça. Isso pra não falar da estrela italiana Lorenzo Insigne, que vai deixar o Napoli ao final da temporada europeia e se juntar ao Toronto FC.

E sabe o que essas três contratações tem em comum? Todas elas, nitidamente, são de jogadores com potencial pra seguir jogando em alto nível em times europeus. Você pode até tentar me desmentir em relação a Douglas Costa. Porém, é fácil falar hoje, após sua fracassada passagem pelo Grêmio/BRA. Todavia, quando foi anunciado pelo time gaúcho, pra muitos ainda era um jogador com futebol pra seguir na Europa.

Quanto a Lorenzo Insigne, não resta dúvida de que o italiano de 30 anos vive um de seus melhores momentos na carreira, sendo  destaque na seleção italiana campeã da Eurocopa em 2021.

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E quem poderia imaginar que um time da Major League Soccer se tornaria capaz de tirar um jogador destaque de um grande clube europeu, no seu auge, e trazê -lo pra principal liga de futebol dos EUA? Pois é, esse dia chegou.

Não é de hoje que este que vos fala bate na tecla da mudança de patamar da MLS. A liga tem subido de nível e deixou de contratar há algum tempo jogadores em final de carreira como suas principais estrelas. Quem acompanha  a Major League Soccer vê  que cada vez mais a liga aposta suas fichas em jovens promessas sul-americanas. Thiago Almada é o caso mais recente.

Porém, as contratações de Insigne, Shaqiri e Douglas  Costa, abrem as portas pra outro estilo de contratações na MLS. Jogadores  de destaque de grandes clubes europeus podem cruzar o oceano e ir parar na terra do Tio Sam.

Claro que isso não significa que Harry Kane trocará o Tottenham/ING pelo Los Angeles FC, ou que Lautaro Martínez trocará a Inter de Milão/ITA pelo Inter Miami por exemplo. Mas Shaqiri e  Douglas Costa fazem parte de um bolo, do qual Insigne é a cereja.

Com a chegada dos três, é mais um paradigma de contratações que a Major League Soccer quebra. É mais um divisor de águas pra liga.

Até um tempo atrás, era impensável ver jovens promessas sul-americanas indo pra MLS. Hoje já é algo até rotineiro. Facundo Torres no Orlando City e Thiago Almada no Atlanta United são os exemplos mais recentes. Também chegou a ser impensável que um jogador de um grande clube europeu onde fosse um dos protagonistas pudesse se transferir pra MLS. Insigne e Shaqiri mostram que não é mais.

A chegada de nomes desse calibre é mais um sinalizador de que a MLS segue crescendo e ganhando relevância ano após ano. Pouco a pouco os principais rótulos negativos sobre a liga tem se desfeito.

A Major League Soccer tem se consolidado cada vez mais na formação e projeção de jovens atletas, além de atrair cada vez mais jovens promessas de outros países (principalmente a Argentina), e se mostrando capaz de fazer contratações de impacto cada vez maior no mercado de transferências. Tudo que um dia disseram (e ainda há quem diga) que a liga não seria capaz de fazer.

E antes que se diga que Insigne, Shaqiri e Douglas Costa serão desperdício de talento na principal liga de futebol dos EUA, vale o questionamento: Ora, se um campeonato quer aumentar seu nível técnico, deve ir atrás de jogadores do mais alto nível, ou de atletas medianos?  O ponto-chave aqui é entender que a MLS chegou em um patamar capaz de atrair jogadores de nível cada vez maior.

Além da expectativa de ver as novas estrelas da MLS em ação, fica a curiosidade: qual será o próximo paradigma que a Major League Soccer vai deixar pra trás?

(Capa: Reprodução/Instagram Chicago Fire)