Coluna do Guga: Houston Dynamo, a nova potência da MLS?

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reprodução/instagram mlses

Na sétima edição da ”Coluna do Guga”, assinada pelo Jornalista Gustavo Demétrio, o leitor terá a análise sobre a tentativa de mudança de patamar do Houston Dynamo dentro da MLS, após mudança de nome e escudo da franquia, além de uma grande gama de contratações na pré-temporada.

De 2011 a 2020, período que compreende a última década, o Houston Dynamo gastou em reforços (excluindo os mecanismos utilizados na MLS, como GAM ou TAM), cerca de US$ 13 milhões (dólares). Comparando estes números com o Seattle Sounders, equipe que mais vezes chegou até a decisão do campeonato (4) na década, a franquia do estado de Washington mais que dobra o valor, tendo gasto mais de US$ 31 milhões em contratações. A equipe do Texas não ganhou nenhum título no período e nos anos em que chegou na final, não investiu nenhum centavo em novos jogadores.

Porém, a década mudou com a chegada de 2021 e aparentemente novos tempos no que se tratam de investimentos no time de Houston também. De acordo com o General Manager da franquia, Matt Jordan, nesta pré-temporada, a equipe foi a que mais fez mudanças em seu plantel em números absolutos na Major League Soccer. Entre as contratações, estão a de nomes importantes na liga, como o zagueiro Tim Parker, vindo do New York Red Bulls, reconhecidamente um dos melhores da posição no país, e ainda Max Urruti e Picault, jogadores que já fizeram diferença para o seu rival, o FC Dallas.

Além disso, o clube também admitiu que está de olho no defensor do Tigres/MEX, Carlos Salcedo, numa transferência que poderia girar em torno de US$ 16 milhões, superando o valor gasto pelo próprio Houston em toda a década passada e tornando o jogador mexicano uma das três compras mais cara na história da MLS (a depender da forma de pagamento).

O que sustenta, claro, este novo modelo para o Dynamo a partir de agora é o fato de todos esses recentes movimentos virem para fortalecer a nova marca da franquia. Os donos certamente não querem que o ”rebuild”(reconstrução) dê errado e para isso é necessário abrir a carteira, contratar grandes nomes e agitar a base de fãs.

Esses aspectos, inclusive, ficam ainda mais potencializados devido as restrições impostas pela pandemia da COVID-19, que afetam obviamente a vida econômica de qualquer clube. Então, continuar no ostracismo para o Houston não seria a melhor forma de passar por este momento. Poupar dinheiro não traria mais dinheiro, gastar mais pelo menos pode trazer mais nessa conjuntura.

Dentro de campo, o que se viu na última temporada, foi um time desequilibrado, muito bom no ataque, com poderio ofensivo e uma defesa furada. Esse buraco foi atacado também nessa offseason. Mas, certamente, este projeto é de longo prazo, os frutos podem não amadurecer já em 2021, mas nos outros anos a frente, conforme mais investimentos. Nada leva a crer que isso vai parar e o Houston Dynamo deve continuar em importantes páginas nos jornais.

(Capa: Reprodução/ Site Houston Dynamo)