Opinião TMLS: Tigres defende a honra dos mexicanos no mundial

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Com a realização do sorteio do chaveamento do Mundial de Clubes, cresce a expectativa da torcida do Tigres/MEX, após o heroico do título da Concachampions, para a disputa da competição e continuar fazendo história, porém há um histórico muito adverso pela frente.

Os Universitários irão se deparar com o retrospecto decepcionante das equipes mexicanas no Mundial de Clubes, que só avançaram às semi-finais do torneio em oito de 14 edições de 2006 para cá colecionando inúmeras eliminações vexatórias. Houve comemoração ao saber que a equipe enfrentaria o campeão da Libertadores, um confronto certamente mais acessível que o outro lado da chave que possui o poderoso Bayern de Munique/ALE.

QUARTAS-DE-FINAL, A PEDRA NO SAPATO

Quando pensou-se no Mundial de Clubes, foi dado um protagonismo maior as confederações europeia e sul-americana, que desde 2005, sempre avançaram diretamente às semi-finais do torneio, porém é natural imaginar que as equipes mexicanas brigassem até por título, pela tradição do país no futebol e pela lembrança da grande campanha do Necaxa/MEX em 2000, ainda num outro formato de competição.

Porém, já na segunda participação, em 2007, vimos a eliminação do Pachuca/MEX nas quartas-de-final do torneio, fato que se tornaria recorrente dali em diante, com os mexicanos sofrendo muito para avançar. A terceira colocação, posição mínima que se imagina para o futebol mexicano apenas veio em três ocasiões, com o Monterrey/MEX em 2012 e 2019, e com o Pachuca/MEX em 2017. Em meio a isso tudo, ainda houve a pior participação da história, com o Chivas/MEX de 2018 amargando a sexta colocação.

Se contarmos todos os confrontos contra os outros representantes que não UEFA e CONMEBOL, ou seja, quartas-de-final e decisões de terceiro e quinto lugar, veremos um grande equilíbrio: São 14 triunfos de mexicanos contra 12 das outras equipes incluindo os triunfos por pênaltis.

CONCACAF x CONMEBOL, UM CONFRONTO RARO

Apesar da comemoração em estar no chaveamento ao lado do representante sul-americano, há o problema de conseguir enfrentar a equipe da CONMEBOL. Para os mais supersticiosos, o azar entra em cena: Os mexicanos, em seis chaveamentos em que poderiam enfrentar os sul-americanos, só o fizeram em duas oportunidades, em 2008 e em 2017. Em ambas, o Pachuca/MEX chegou nas semi-finais e foi eliminado por LDU/EQU e Grêmio/BRA, ou seja, os mexicanos jogaram muito mais semi-finais enfrentando o representante da UEFA, o que sempre comprometeu o sonho de um dia chegar a grande final do torneio.

O CENÁRIO PARECE MUDAR

As campanhas recentes de equipes mexicanas deixam uma esperança considerável. O Pachuca, em 2017, esteve próximo de eliminar o Grêmio/BRA e o Monterrey fez uma partida duríssima diante do Liverpool/ING. Outro fator a favor do Tigres é o seu título muito recente, se comparado com outras edições de Concachampions, que terminavam cinco ou seis meses antes do Mundial, essa memória recente de enfrentar e vencer um grande momento de adversidade em sua história, a grande “seca” de títulos internacionais, será decisiva para um desempenho histórico dos Felinos na competição.

A estreia do Tigres na competição será diante do Ulsan Hyundai/COR no dia quatro de fevereiro no estádio Ahmed bin Ali.