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Coluna do Guga: Uma pulga atrás da orelha do Columbus Crew

Na 15ª edição da ”Coluna do Guga”, assinada pelo jornalista Gustavo Demétrio, confira a análise sobre o inicio de temporada do atual campeão da MLS, o Columbus Crew

A expressão ”pulga atrás da orelha” é comumente utilizada para designar uma preocupação, uma inquietação, em relação à algo. Se o técnico do Columbus Crew, Caleb Porter, falasse português, certamente a utilizaria para este momento atual de inicio da temporada do seu time.

Na última quarta-feira (05), a equipe de Ohio perdeu por 3 a 0 para o Monterrey e foi eliminada da disputa da CONCACAF Champions League, acumulando problemas físicos mesmo com tão poucos jogos disputados até aqui em 2021. Isso desperta um desassossego, porque outras franquias que tiveram sucesso no ano antes de se credenciarem para competição continental, quando se expuseram à nível internacional posteriormente, foram completamente desestruturadas pelos problemas com lesões, que vieram pela imposição de um calendário da CONCACAF que desconsidera as particularidades do campeonato norte-americano.

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(Foto: Reprodução/ Imago Imagens)

O Columbus Crew é atual campeão da Major League Soccer e já atuou em seis partidas na temporada em todos os torneios. O primeiro jogo do time em 2021, inclusive, foi na Champions League, o que é praxe dos representantes da MLS, pois a competição só começa em meio a disputa continental. Os mexicanos, por exemplo, estão sempre se mantendo em competitividade, já que em média chegam com cerca de 15 partidas feitas somente em âmbito nacional no ano. Até que os americanos se condicionem fisicamente, se é que conseguem, já estarão superados pelos rivais.

Em seis jogos foram quatro lesões dos aurinegros. Darlington Nagbe, que já se recuperou, Perry Kitchen, Kevin Molino e Aidan Morris, que seguem fora. É uma média de quase um lesionado por partida, cerca de 0.6, número maior até que a média de gols do próprio time em duas partidas na MLS, por exemplo, que é de zero. Além disso, problemas que surgiram e são tratados abruptamente, como o do capitão Jonathan Mensah, que foi cortado de última hora na ida contra o Monterrey por lesão na coxa e retornou, sem esclarecimento em condições, para o jogo da volta.

Isso preocupa muito para o restante da temporada, pela precocidade que o time teve que se colocar em uma competição eliminatória, com elevado grau de desgaste físico e pelos outros exemplos de times que corroboram isso.

Em 2017, o Toronto FC foi campeão da MLS Cup batendo recordes de pontuação na temporada regular, sendo campeão do Canadá e tendo um conjunto de atuação brilhante de se admirar em campo. No ano seguinte, com a disputa da ConcaChampions, não classificação aos Playoffs, ficando na nona posição da Conferência Leste. Em 2020, garantiram os playoffs novamente.

Já em 2018, o Sporting Kansas City foi líder do Oeste, empolgou sua torcida, e em 2019, pelo esforço absurdo internacionalmente, foram condicionados a também estarem de fora dos playoffs naquele ano, quebrando sequência histórica de nove temporadas seguidas alcançando o mata-mata. Em 2020, também voltaram aos playoffs de novo. Não é coincidência.

Óbvio, tanto os canadenses quanto o SKC tiveram também problemas de funcionamento tático, de coordenação da equipe em meio a isso, assim como o próprio Columbus Crew atualmente, mas é claro que a questão do calendário atrapalha os times da MLS internamente e também contra os principais times da CONCACAF.

Isso, todavia, não significa que os ”Black and Gold” não irão se reencontrar. Construíram um elenco pesado justamente pensando nesse percalço que é mais ou menos previsto por todos. Aí entra, então o quão bom terá sido o planejamento dos dirigentes e do próprio Caleb Porter nessa montagem e escolha de alguns atletas para comporem o plantel.

O que é possível afirmar neste momento, afinal, é que algum impacto, sim, haverá de ser sentido por conta desse problema, resta saber o resultado, se eles vão conseguir ficar ainda mais fortes diante disso, ou se vão diminuir seu nível.

 

(Capa: Reprodução/Site Columbus Crew)

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